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terça-feira, 18 de março de 2008

TERRORISMO

O QUE É TERRORISMO - UMA DEFINIÇÃO
Por Holanda 03/04/2002 às 00:35


O TERRORISMO E AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


O QUE É TERRORISMO - UMA DEFINIÇÃO

O terrorismo e as relações internacionais



A expressão "terrorismo" passou a integrar a linguagem coditiana em todo o mundo, e passou a ser um conceito largamente empregado no estudo das relações internacionais. Contudo, trata-se de um termo empregado de forma ampla e inadequada, com fortes conotações políticas. Assim, tem sido objeto de manipulação para justificar uma nova agenda internacional. Desta forma, é necessário precisar o que é terrorismo.

Há pelo menos quatro sentidos para a expressão terrorismo. O primeiro se refere ao terrorismo de Estado, ou "terrorismo desde cima". Trata-se de atos generalizados de violência sistemática praticados por governos contra sua sociedade, contra minorias internas ou contra povos dominados, com o objetivo de quebrar a resistência à sua autoridade e impor determinado projeto. A "passivização" da população foi praticada, mais modernamente, pela Alemanha nazista, pelo stalinismo na URSS e pelos regimes militares latino-americanos. Trata-se de algo polêmico, pois o Estado tende normalmente a usar meios repressivos como parte de suas atribuições. Então, há um limite que é ultrapassado, e a repressão se transforma em terror sistemático.

O segundo, mais famoso e consensual, é a execução de atos violentos, especialmente atentados, contra alvos determinados, muitas vezes fora das fronteiras nacionais. Ocorreu largamente nos anos 60 e 70, geralmente ligados a problemas europeus ou do Oriente Médio. Estas ações têm objetivos políticos, para chamar atenção da opinião pública internacional para certos conflitos, ou criar uma situação insustentável para o inimigo. Estes atos geralmente são praticados por organizações clandestinas, mas também por governos, e tiveram lugar na Espanha, Irlanda, Alemanha e Itália, mas especialmente no Oriente Médio, devido ao conflito entre israelenses e palestinos.


Aqui é importante observar que não apenas os grupos clandestinos perpetraram atos terroristas, mas os Estados que os combatiam também. Os atentados palestinos (que incluíam seqüestro de aviões, com reféns) foram respondidos com atentados israelenses eliminando terroristas, mas também lideranças palestinas. Muitos críticos acusam Israel de praticar uma "política terrorista" nos territórios ocupados, mas isto se referiria ao primeiro tipo. Também é comum que se fantasie sobre a existência de uma "internacional terrorista" vinculando todos os grupos. Mas isto está mais no campo dos romances de espionagem do que na realidade, devido à multiplicidade de interesses e rivalidades existentes entre estes grupos que, muitas vezes, estão infiltrados pelos serviços de inteligência de Estados poderosos.

O terceiro tipo de terrorismo é o que produz o maior número de vítimas e destruições: o terrorismo comunal (ou comunitário) das guerras civis ou "terrorismo desde baixo". Foi o caso da África central, dos conflitos na ex-URSS e, especialmente, na ex-Iugoslávia. Trata-se de conflitos desordenados, em que a população civil ou suas milícias intervêm diretamente contra outras comunidades, geralmente minorias étnicas ou religiosas. Trata-se de um espécie de "terror coletivo", visando a eliminação ou expulsão destas. Por isto, o julgamento de um homem como Milosevic é tão complicado. De certa forma, este tipo de terrorismo está crescendo no Afeganistão, Paquistão e Índia.

Finalmente, o quarto e último tipo não representa um terrorismo real, mas uma espécie de percepção pânica ou "ansiedade global", como definiu o politólogo britânico Fred Halliday. Trata-se de uma gigantesca orquestração, manipulando o sentimento de insegurança das população, numa época de crise e incertezas. Seu objetivo é o de criar um consentimento a medidas repressivas que, basicamente, implicam em perseguição de opositores, simplesmente rotulados de terroristas. Justifica a supressão de direitos civis e o desencadeamento de guerras. Atualmente são estes dois últimos que constituem um grande perigo, o terror coletivo empregado nas guerras civis e o terror virtual, utilizado para provocar um estado de tensão global que justifique certos propósitos políticos por parte de governos. Por isto, é necessário refletir sobre o tema de um forma de uma forma científica, sem a histeria que caracteriza certos círculos.


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Definição do dicionário Aurélio:
terrorismo . [De terror + -ismo.] S. m. 1. Modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror. 2. Forma de ação política que combate o poder estabelecido mediante o emprego da violência.


Definição do dicionário Michaelis
ter.ro.ris.mo sm (terror+ismo)
1 Sistema governamental que impõe, por meio de terror, os processos administrativos sem respeito aos direitos e às regalias dos cidadãos. 2 Ato de violência contra um indivíduo ou uma comunidade.

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