Powered By Blogger

Feliz Natal

quarta-feira, 19 de março de 2008

Comunicar erros Enviar por e-mail Imprimir
11/10/2001 - 08h00
EUA vão enviar militares às Filipinas para combater grupo separatista
Publicidade
da Folha Online

Uma missão de oficiais dos Estados Unidos viajará para as Filipinas para ajudar as Forças Armadas do país na luta contra os separatistas muçulmanos do Abu Sayyaf (organização separatista islâmica filipina), grupo que, segundo os EUA, estaria ligado à rede Al Qaeda - terroristas ligados ao saudita Osama bin Laden, principal suspeito pelos atentados nos EUA.

O chefe das Forças Armadas das Filipinas, general Diomedio Villanueva, informou que os militares norte-americanos chegarão a Mindanao, sul do país, em duas semanas. "Pode até ser antes disso", afirmou o general.

Cerca de 7.000 soldados e policiais perseguem integrantes do grupo Abu Sayyaf, que mantém 17 reféns em seu poder, entre eles cidadãos norte-americanos e peruanos.

Segundo Villanueva, os militares dos EUA não entrarão em combate direto com os integrantes do Abu Sayyaf. O grupo armado surgiu em 1991 e luta para estabelecer um Estado islâmico independente na região de Basilan (sul). Nos últimos anos, se especializou no sequestro de estrangeiros.

Novos alvos
Supostos terroristas das Filipinas, da Malásia e da Indonésia vinculados à Al Qaeda estão na mira dos Estados Unidos, segundo militares norte-americanos - clique aqui para conhecer os principais grupos terroristas do mundo.

Segundo o jornal "The New York Times", esses grupos implantados no sudeste asiático serão alvos prováveis de futuras ações militares. As autoridades ainda não teriam informado qual seria a data desses possíveis ataques, mas consideram que as ações possam ocorrer de forma clandestina.

Os EUA entendem que esses grupos ampliaram suas atividades durante os últimos anos, por meio de intercâmbio de dinheiro, de pessoal, de materiais e de experiência com a organização de Bin Laden.

Os EUA afirmaram à ONU que, em sua campanha contra o terrorismo, poderiam ser necessárias ações militares contra organizações de outros Estados.

A advertência inclui uma carta de John Negroponte, embaixador dos Estados Unidos na ONU, dirigida ao Conselho de Segurança da organização, na qual informa sobre o desencadeamento de represálias dos Estados Unidos aos atentados do dia 11 de setembro.

Contra novos ataques
A OCI (Organização da Conferência Islâmica), organização que oficialmente representa 1,3 bilhão de muçulmanos, expressou ontem preocupação quanto à morte de civis e rejeitou ataques a outros países islâmicos, mas não condenou os bombardeios dos Estados Unidos ao Afeganistão.

Em comunicado apresentado no fim da reunião de emergência para a discussão de uma posição unificada sobre a campanha militar, ontem, no Qatar, a OCI afirmou que seus 56 países-membros repudiavam os atentados do dia 11 de setembro, considerados "um ato brutal de destruição maciça contra a religião, a moral e os valores humanos". Fez, porém, um alerta sobre as possíveis consequências da retaliação.

A conclusão é apenas simbólica - os países-membros não têm de seguir nenhuma posição oficial da OCI- , mas deixou o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, "muito satisfeito".

Nenhum comentário: