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domingo, 30 de março de 2008

Visualizando obra de Pré-História - Pinturas rupestres

Visualizando obra de Pré-História - Pinturas rupestres

Questões de História

PÁG.: 1/4
História
01. Alguns historiadores afirmam que a História iniciou
quando a humanidade inventou a escrita. Nessa
perspectiva, o período anterior à criação da escrita é
denominado Pré-História. Sobre esse assunto assinale
a alternativa correta.
A) A história e a Pré-História só podem se diferenciar pelo
critério da escrita. Logo, aqueles historiadores que não
concordam com esse critério estão presos a uma visão
teológica da História.
B) Esta afirmação não enconta qualquer contestação dos
verdadeiros historiadores, pois ela é uma prova
irrefutável de que todas as culturas evoluem para a
escrita.
C) Os historiadores que defendem a escrita como único
critério que diferencia a História da Pré-História
reafirmam a tradição positivista da História.
D) A escrita não pode ser vista como critério para distinguir
a História da Pré-História, pois o aspecto econômico é
considerado um critério muito mais importante.
E) Os únicos historiadores que defendem a escrita como
critério são os franceses, em razão da influência da
filosofia iluminista.
02. Sobre os ancestrais do homem moderno, é falso afirmar
que:
A) no Paleolítico inferior, viveram os primeiros bandos de
Australopitecos, Pithecantropus, Sinantropus e
Paleontropus, todos pertencentes à família dos
B) os homínidos do Plistoceno, ao contrário dos homínidos
do Paleolítico inferior, se constituíam em uma única
C) com base nos estudos dos artefatos produzidos pelos
homínidos, foram classificadas duas culturas: a cultura
do núcleo e a cultura das lascas.
D) vivendo em bandos, os homínidos desenvolveram
cooperação, produção e transmissão de conhecimento.
E) segundo estudos geológicos e paleontológicos, os
ancestrais do Homo sapiens, assim como o Homo
sapiens, última espécie homínida, surgiu no Plistoceno.
03. Em relação à religião no antigo Egito, pode-se afirmar
que:
A) a religião dominava todos os aspectos da vida pública e
privada do antigo Egito. Cerimônias eram realizadas
pelos sacerdotes a cada ano, para garantir a chegada
da inundação e, dessa forma, boas colheitas, que eram
agradecidas pelo rei em solenidades à s divindades.
B) a religião no antigo Egito, como nos demais povos da
Antiguidade, não tinha grande influência, já que estes
povos, para sobreviverem, tiveram que desenvolver
uma enorme disciplina no trabalho e viviam em
constantes guerras.
C) a religião tinha apenas influência na vida da família dos
reis, que a usava como forma de manter o povo
submetido a sua autoridade.
D) o período conhecido como antigo Egito constitui o único
em que a religião foi quase inteiramente esquecida, e o
rei como também o povo dedicaram-se muito mais a
seguir a tradição dos seus antepassados, considerados
os únicos povos ateus da Antiguidade.
E) a religião do povo no antigo Egito era bastante distinta
da do rei, em razão do caráter supersticioso que as
camadas mais pobres das sociedades antigas tinham,
sobretudo por não terem acesso à escola e a outros
saberes só permitidos à família real.
04. " Muitos lavradores faziam girar as parelhas de bois, e
as levavam para cá e para lá. Quando tudo feito seria
volta, voltavam ao limite do campo, tomavam uma taça
de vinho doce como mel, (...) e volviam ao sulco,
ansiosos por chegar ao limite, ao profundo alqueive,
que escurecia atrás deles (...)''. (Homero, Ilíada,
Difusão Européia do Livro, pág. 333). Sobre a
sociedade cretense no III e II milênio a.C., assinale a
alternativa incorreta.
A) A população em Creta vivia em regime de servidão
coletiva, dedicava-se a uma agricultura especializada, à
exploração de madeira, ao transporte e comércio
B) Os produtos básicos do comércio cretense foram os
utensílios de cerâmica e azeite de oliva.
C) Em Creta, os palácios eram simultaneamente oficinas
de artesãos e depósitos de mercadorias.
D) A tecnologia e cultura cretense foi de grande
importância para a sociedade micênica.
E) Com base nos poemas homéricos, pode-se afirmar que
o comércio minóico se realizava unicamente com os
produtos derivados da atividade da pecuária.
VESTIBULAR UFPE – UFRPE / 2001
1a ETAPA
NOME DO ALUNO: _______________________________________________________
ESCOLA: _______________________________________________________________
SÉRIE: ____________________ TURMA: ____________________
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05. Durante a Idade Média (476 - 1353), a Europa
Ocidental passou por diversas invasões, organizou
cruzadas e teve no feudalismo a base da organização
social. Assinale a alternativa correta:
A) A servidão, sistema de produção feudal, constituía-se
no trabalho dos servos e senhores feudais e na
apropriação do excedente econômico pelos servos, este
último produzido no sistema conhecido como corveia.
B) As cruzadas ocorridas durante a primeira fase da Idade
Média produziram efeitos negativos para o comércio da
Europa com o Oriente, transformando o poderoso
comércio das cidades italianas da alta Idade Média em
esporádicas atividades comerciais locais.
C) As cidades italianas Gênova e Pisa se destacaram na
luta contra os muçulmanos e na reconquista do
comércio no mar Mediterrâneo.
D) Bruges, Lubeck e Novgorov foram importantes cidades
produtoras de tecidos de lã abastecedoras das cidades
italianas.
E) O Renascimento comercial na Baixa Idade Média
atingiu fortemente os centros urbanos, reforçando a
relação de servidão e o poder senhorial feudal.
06. Assinale a alternativa que não se relaciona com o
movimento de expansão marítima portuguesa.
A) No início da Idade Moderna, o oceano Atlântico era
praticamente desconhecido, havendo navegações
costeiras de Portugal aos países escandinavos:
Dinamarca, Noruega e Suécia.
B) Investimentos altos foram necessários à expansão
portuguesa. O Estado foi o único agente capaz de
investir grandes vultos, advindos de impostos recolhidos
sobre a propriedade da terra.
C) A unificação Italiana foi um dos pré-requisitos para a
expansão marítima.
D) A conquista de Ceuta em 1415 significou uma aliança
de interesses entre a burguesia e a nobreza portuguesa
cujos objetivos eram convergentes, na época.
E) Os lucros comerciais atingidos com as expedições
portuguesas de 1415 e 1460 na costa africana, foram
superiores aos gastos realizados nesses
empreendimentos.
07. Um dos filósofos iluministas que exerceram uma
enorme influência entre as camadas populares na
França, como também nos movimentos mais radicais
durante a Revolução Francesa, foi:
A) René Descartes, que escreveu o livro clássico O
Discurso do Método, em que apontava a forma como o
povo deveria se comportar face à s elites dirigentes num
momento revolucionário.
B) John Locke, por ter sido um dos inspiradores do
empirismo, e defensor que todos quando nascemos
somos como uma tábula rasa e as influências da
sociedade é que nos molda.
C) Erasmo de Rotterdam, que escreveu uma obra clássica
denominada O Elogio da Loucura, na qual satiriza os
costumes da época, o que veio a influenciar
enormemente as revoluções burguesas do século XIX.
D) Jean-Jacques Rousseau, que de certa forma tornou-se
uma exceção entre os iluministas, pela crítica à
burguesia e à propriedade privada, escrevendo livros
Contrato Social e Discurso sobre a
origem da Desigualdade.
E) Thomas Morus, que escreveu a Utopia, uma obra em
que retrata a vida em uma ilha imaginária, cujos
habitantes consideram estupidez não procurar o prazer
por todos os meios possíveis.
08. Sobre o período compreendido entre a primeira e
segunda guerra mundial assinale a alternativa correta.
A) Apesar da vitória alcançada na Primeira Guerra, os
países em que as democracias liberais dominavam não
conseguiram evitar a crise generalizada diante da
desorganização econômica européia.
B) Após a 1a Guerra, a Itália e a Alemanha passaram a
viver um período de muito desenvolvimento e
fortalecimento da ordem democrática interna.
C) O fascismo italiano e o nazismo alemão cresceram com
o apoio exclusivo dos militares, já que a burguesia por
sua tradição sempre foi defensora das instituições
liberais.
D) Após a 1a Guerra, cresceram os discursos em favor da
volta à monarquia, associada à Igreja Católica, a quem
a população deveria subordinar-se totalmente, para
alcançar a ordem e a prosperidade geral.
E) Uma das estratégias utilizadas pelo fascismo na Itália,
como pelo nazismo na Alemanha, foi a tolerância em
relação a todos que lhe faziam oposição.
09. Sobre o processo brasileiro de aculturação ocorrido no
período colonial é falso afirmar que:
A) mitos e lendas indígenas provocaram mudanças na
cultura religiosa portuguesa do século XVI, em Portugal.
B) a pesca, a caça e os frutos do Brasil serviram como
base alimentar na culinária colonial luso-brasileira.
C) o uso do algodão entre os nativos brasileiros para a
fabricação de redes foi reutilizado pelos colonos
portugueses para a confecção de tecidos rústicos.
D) o cultivo entre algumas tribos brasileiras de frutas, milho
e tubérculos foi rapidamente incorporado à agricultura
de subsistência entre colonos portugueses.
E) a cultura do fumo utilizada por nativos brasileiros tornouse
um dos hábitos culturais mais apreciados pelos
europeus.
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10. As razões que fizeram com que no Brasil colonial e
mesmo durante o império a escravidão africana
predominasse em lugar da escravidão dos povos
indígenas, podem ser atribuídas a:
A) setores da Igreja e da Coroa se opunham à
escravização indígena; fugas, epidemias e a legislação
antiescravista indígena tornou-a menos atraente e
lucrativa.
B) religião dos povos indígenas, que, proibia o trabalho
escravo. Preferiam morrer a ter que se submeterem à s
agruras da escravidão que lhes era imposta nos
engenhos de açúcar ou mesmo em outros trabalhos.
C) Reação dos povos indígenas, que por serem bastante
organizados e unidos, toda vez que se tentou capturálos,
eles encontravam alguma forma de escapar ao
cerco dos portugueses.
D) a ausência de comunicação entre os portugueses e os
povos indígenas e a dificuldade de acesso ao interior do
continente, face ao pouco conhecimento que se tinha do
território e das línguas indígenas.
E) um enorme preconceito que existia do europeu em
relação ao indígena, e não em relação ao africano, o
que dificultava enormemente o aproveitamento do
indígena em qualquer atividade.
11. Sobre o processo de independência do Brasil assinale a
alternativa correta.
A) Após a Independência, os diferentes grupos liberais
existentes no Brasil unem-se em torno da centralização
do poder.
B) Liberais centralistas e liberais federalistas lutaram no
início do século XIX contra a elite conservadora do
C) As revoltas populares ocorridas durante o primeiro
reinado foram amplamente defendidas pelos liberais
centralistas.
D) José Bonifácio apoiou a Independência do Brasil dentro
de uma proposição centralista do estado brasileiro.
E) Depois de consumada a independência, D. Pedro I
apoiou-se no ‘‘partido brasileiro'' afastando-se do
‘‘partido português''.
12. Sobre a situação econômica do Brasil no século XIX,
assinale a alternativa correta.
A) Com a abolição do tráfico negreiro, os fazendeiros
utilizaram mão-de-obra livre para o plantio de café.
Como forma de pagamento, os trabalhadores poderiam
usar as terras do senhor para a produção de sua
B) O comércio interno de escravos agravou a situação
econômica do Norte/Nordeste, mas resolveu o problema
de mão-de-obra no Sul e Sudeste.
C) Após 1850, com o final do tráfico negreiro, inicia-se a
industrialização no Brasil, pois, a mão-de-obra negra
abundante deixará o campo e irá se empregar nos
centros urbanos.
D) O êxito da cafeicultura brasileira em Minas, Rio de
Janeiro e São Paulo deveu-se à política imigrantista do
governo, que autorizou a vinda de grandes levas de
imigrantes europeus.
E) Com o estabelecimento da lei de terras em 1850,
pessoas de poucos recursos tiveram acesso à terra,
com ajuda e apoio dos grandes proprietários brasileiros.
13. Sobre a produção do café no Segundo Reinado,
assinale a alternativa correta:
A) Toda a produção agrícola brasileira estava voltada,
neste período, para um novo produto: o café, que,
introduzido nas regiões do Sul da Bahia, rapidamente se
espalhou para o Rio de Janeiro e São Paulo.
B) O capital necessário para a implantação de fazendas de
café foi muito maior do que o capital investido na
produção do açúcar.
C) Várias foram as áreas de expansão da cultura do café
durante o Segundo Reinado: sertões do Nordeste e
região amazônica. O café produzido nessas regiões foi
utilizado para consumo local e para exportação.
D) A fixação do café no Vale do Paraíba deveu-se à s
condições geográficas excepcionais e à mão-de-obra
escrava disponível.
E) O oeste paulista, ao contrário do vale do Paraíba, não
produziu café de qualidade e em quantidade desejável.
O processo de escoamento para a exportação foi um
dos entraves da comercialização do café dessa região.
14. A Constituição promulgada em 16 de julho de 1934
resultou de intensos debates que se prolongaram por
oito meses. Entre suas principais inovações não se
inclui:
A) A legislação trabalhista, a nacionalização das minas e
B) O salário mínimo para os trabalhadores, os deputados
classistas e o direito da União em monopolizar
determinadas atividades econômicas.
C) A criação das justiças Eleitoral e do Trabalho.
D) A inviolabilidade dos direitos à liberdade, à segurança e
à propriedade dos cidadãos como também a liberdade
de consciência e de crença.
E) O cerceamento de todas as garantias individuais e a
proibição do direito de voto das mulheres.
15. Acerca do regime militar, que assumiu o poder em
1964, com o apoio de uma parcela da classe política,
de setores da sociedade e do governo dos Estados
Unidos, é incorreto afirmar que:
A) procurou reprimir as oposições, formadas por políticos,
intelectuais, padres progressistas, estudantes e líderes
sindicais.
B) utilizou os chamados atos institucionais, que alteravam
a Constituição, tornando legais as medidas ditatoriais.
C) revogou a lei de remessa de lucros e o projeto de
reforma agrária aprovados no governo do presidente
D) reconduziu o País à prática democrática de eleições
presidenciais diretas.
E) anunciou que a intervenção militar era por um curto
período, necessária apenas para sanear e salvar o país
do comunismo, da corrupção e da inflação.
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16. Durante os debates que antecederam a convocação da
Assembléia Constituinte que se instalou em 1 de
fevereiro de 1987, uma reivindicação da sociedade civil
A) Os deputados e senadores que não demonstrassem
uma participação ativa nos debates e nas comissões,
tivessem seus mandatos cassados, não podendo voltar
a exercer cargo parlamentar durante oito anos.
B) Fosse convocada esta Assembléia exclusivamente para
elaborar a nova Constituição e que, depois de aprovada,
a Assembléia fosse dissolvida e novas eleições fossem
realizadas para compor o Congresso Nacional.
C) Houvesse uma escolha de deputados e senadores
proporcional por categoria profissional como também
por setores excluídos da sociedade, deixando apenas
uma pequena parcela de vagas para os candidatos dos
partidos.
D) Antes de terem início os trabalhos constituintes, fosse
aprovada uma Reforma Agrária, que contemplasse
amplos setores de trabalhadores sem terra, de forma a
diminuir as tensões sociais e, dessa forma, os
Constituintes não fossem alvo das pressões populares.
E) A Igreja Católica fosse a responsável por encaminhar
todas as propostas oriundas dos setores populares que
estavam organizados em Comunidades Eclesiais de
Base.

Dicas para O Vestibular

Dicas para o Vestibular
DICA 1

O Historianet acredita que além do conteúdo de determinada disciplina, o estudante precisa começar a valorizar a forma, ou seja, a metodologia de estudo.
Em História avaliamos que seja necessário compreender os acontecimentos com lógica de raciocínio, uma lógica dialética onde o estudante possa assimilar, relacionar e explicar os fatos históricos e seus significados no contexto em que estão inseridos.
A preocupação em desenvolver uma metodologia para o estudo de História é produto de nossa própria experiência no magistério, onde percebemos que mesmo aquele aluno que deu a devida atenção e entendeu um determinado assunto estudado, terá problemas por não saber às vezes como estudar a matéria. Naturalmente devemos levar em consideração que o ensino médio é essencialmente informativo priorizando a quantidade, que é extensa e diversificada, já que existem várias frentes de cada matéria.
Nas aulas de História, ainda é comum a presença daquele estudante que apesar de ter compreendido o assunto, manifesta-se preocupado com uma frase que já se tornou comum em sala de aula: - Professor, compreendi a aula, mas não sei como estudar História.
Essa constatação levou-nos a desenvolver um roteiro de estudo, visando facilitar a análise dos fatos e mostrar ao mesmo tempo, a importância de entender um assunto com lógica de raciocínio, pois só assim será possível uma análise mais crítica e dialética da História, onde os fenômenos possam ser entendidos com mais lucidez desde suas origens até suas conseqüências.
O roteiro proposto é formado apenas por cinco itens (espaço/tempo; contexto histórico; antecedentes; o evento, desdobramentos), que servem para análise dos mais diversos temas, ou seja, através de uma mesma linha de raciocínio pode-se analisar tanto uma aula sobre Reforma Religiosa, como outra sobre Revolução Francesa.
A primeira preocupação quando analisamos um acontecimento, é situa-lo no tempo e no espaço, condição elementar para compreensão de qualquer fato histórico e para criar o hábito na utilização de mapas (noção de espaço) e outras ilustrações, auxiliares na caracterização de uma certa época (noção de tempo).
O segundo passo é analisar o contexto histórico, isto é, a realidade histórica que cerca o fato em questão. É o ponto mais importante do roteiro, pois desmistifica a História factual, mostrando ao aluno que não existem fatos isolados e que todo acontecimento deve ser entendido à luz da realidade que o cerca. A análise do contexto permite também que o aluno relacione outros acontecimentos inseridos na mesma realidade.
Na análise do próprio contexto encontramos os antecedentes (terceiro passo de nosso roteiro), onde perceberemos os fatores estruturais e conjunturais, além de seus determinantes mais específicos e até acontecimentos sem muita importância estrutural, mas que catalisam o processo em direção ao evento estudado.
Após os antecedentes, analisaremos o fato, o evento propriamente dito, através de suas características e seu significado histórico. Por fim, já com a preocupação de estabelecer uma relação com um próximo evento, vamos conhecer os desdobramentos onde estabeleceremos um gancho para analisar um próximo assunto, utilizando o mesmo roteiro de análise, ou seja:

1- TEMPO/ESPAÇO
2- CONTEXTO HISTÓRICO
3- ANTECEDENTES
4- O EVENTO
5- DESDOBRAMENTOS

Exemplificaremos o roteiro, supondo o estudo da Primeira Guerra Mundial:

A) ESPAÇO/TEMPO
Europa: início do século XX

B) CONTEXTO HISTÓRICO
Neocolonialismo
Política de Alianças
Paz Armada

C) ANTECEDENTES
Disputa de mercados neocolonialista
Divergências político-econômicas e revanchismos
Nacionalismos e antagonismos entre os impérios
O assassinato de Francisco Ferdinando

D) A GUERRA
O início
Blocos militares em conflito
Etapas
O ano de 1917
O término do conflito

E) CONSEQUÊNCIAS
Tratado de Versalhes
Fim da hegemonia européia
Desintegração dos impérios
Novas nações
EUA como potência hegemônica
Liga das Nações
Revanchismo alemão
Fortalecimento do nacionalismo (nazifascismo)

Como já foi observado, quando analisamos os desdobramentos, já introduzimos o próximo assunto (no caso abaixo o nazifascismo), analisando-o através do mesmo roteiro:

A) ESPAÇO/TEMPO
Europa (Itália/Alemanha): anos 20 e 30

B) CONTEXTO HISTÓRICO
Crise das democracias liberais na Europa
Superprodução nos EUA e crise de 1929
Isolamento e crescimento da URSS

C) ANTECEDENTES
Crise européia no pós-guerra, agravada na Alemanha pelas imposições do Tratado de Versalhes
Crescimento dos grupos políticos de esquerda
Greve Geral convocada na Itália por anarquistas e socialistas
Crescimento nazista nas eleições de 1932

D) DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Movimento político-ideológico antidemocrático que governou países europeus no "entre-guerras"
O totalitarismo; o nacionalismo; o anticomunismo; o antiliberalismo; o militarismo; o expansionismo; o corporativismo fascista; o anti-semitismo nazista.

E) CONSEQUÊNCIAS
Recuperação econômica alemã com obras públicas e indústria bélica
Militarismo expansionista
Segunda Guerra Mundial


Ao estudarmos a Segunda Guerra Mundial com o roteiro já conhecido, chegaremos aos Desdobramentos, que introduz o contexto da "Guerra Fria" (desenvolvimento, apogeu e crise), direcionando para nova ordem pós-socialismo até os dias atuais.

Na próxima semana mostraremos os temas que tendem a ser mais explorados nos vestibulares de 2001.

Dicas de História para o Vestibular

Dicas para o vestibular: Transição Feudo-capitalista 11/09/2000

Os momentos de transição na história são revolucionários. O Historianet dá as dicas para o estudo deste importante e complexo momento da história representado pela passagem da idade média para a idade moderna com o advento do capitalismo.

Já alertamos que os momentos de transição juntamente com a história mais recente do século XX estão sendo claramente valorizados pelos vestibulares dos últimos anos.
Nesse texto destacaremos os temas mais importantes na transição feudo-capitalista, passagem da idade média para moderna, e o que os vestibulares tendem a explorar desses temas.

Nessa transição os tópicos mais valorizados são os seguintes:

1- Crise do Feudalismo e as Cruzadas
2- Renascimento Comercial e Urbano
3- Projeção da burguesia
4- Expansão Ultramarina
5- Formação das Monarquias Nacionais
6- Mercantilismo e Antigo Sistema Colonial
7- Renascimento Cultural
8- Reforma e Contra-Reforma

Entenderemos que inicialmente, a crise feudal foi produto de questões internas, ou seja, de antagonismos inerentes a qualquer sistema. No caso a produção limitada do mundo feudal torna-se inadequada ao crescimento demográfico que se acelera por volta do século XI na Europa Ocidental com o fim das invasões bárbaras. O aumento da exploração sobre os servos resultando em fugas e revoltas, acelera a crise já existente, agravando a problemática social para clericais e nobres.
Entender as Cruzadas como guerras patrocinadas pelo ocidente cristão contra a presença muçulmana onde quer que ela se encontre, mas, principalmente na Terra Santa (Jerusalém). Não negar o caráter religioso das cruzadas, porém não reduzi-las somente a esse aspecto.
Livrar a Europa da pressão de servos descontentes e revoltosos, induzindo-os a uma perspectiva de sucesso espiritual e material, desviando a atenção para um inimigo comum (a servos e senhores) e externo; reduzir a densidade demográfica e conquistar terras, tentando assim eliminar, ou pelo menos minimizar a crise feudal; reunificar as duas igrejas cristãs (católica romana e ortodoxa). Eis aí os objetivos mais amplos desse movimento, que ao atingir Constantinopla com a quarta cruzada, reabriu o Mediterrâneo ao ocidente provocando o renascimento urbano e comercial.
No Renascimento Urbano e Comercial valorize as rotas (Mediterrâneo, mar do Norte e Champagne), as feiras e a organização do comércio com as guildas e hansas (ligas de comerciantes).
A produção manufatureira desenvolve-se em unidades próprias, as oficinas, com uma certa divisão do trabalho. As Corporações de Ofício organizando e tentando dar um certo padrão para a produção na Baixa Idade Média.
Concomitante ao comércio monetário destaca-se socialmente a projeção da burguesia que busca aproximar-se dos reis, representantes das monarquias nacionais (Estados Modernos). O rei consolidaria um Estado centralizado, intervencionista e protecionista aos negócios burgueses, unificando leis, idioma, exército e principalmente moeda, criando assim, condições favoráveis para o desenvolvimento do capitalismo comercial.
O monopólio italiano sobre o comércio oriental após as cruzadas, se estenderá até o início do século XV, quando Portugal assume a dianteira da Expansão Ultramarina, que culminará na colonização da América, partilhada principalmente por Portugal e Espanha. O Antigo Sistema Colonial deve ser entendido como parte integrante do Antigo Regime europeu, representado economicamente pelo mercantilismo e politicamente pelo absolutismo. Nesse sentido ser colônia significa atender os interesses da economia central, mercantilista européia, fornecendo matéria prima tropical e consumindo manufaturas. O Pacto Colonial, um pseudopacto na verdade, consolida essa relação de dependência da colônia. A colonização clássica do mercantilismo europeu será a de exploração, baseada no trabalho escravo, monocultura, latifúndio e produção voltada para o mercado externo. Desenvolve-se porém, em menor escala com características exatamente antagônicas, a colonização de povoamento em áreas menos tropicais.
É natural que essas transformações econômicas (comércio monetário), sociais (projeção da burguesia) e políticas (formação das Monarquias Nacionais) alterem também a questão cultural e religiosa.
Em Florença no século XIV inicia-se o Renascimento Cultural, que irá se espalhar pelo mundo europeu ao longo dos séculos XV e XVI, difundindo uma visão mais racional, antropocêntrica e humanista, contrária portanto ao dogmatismo e teocentrismo medievais.
Na Alemanha, no início do século XVI, surgirá Martinho Lutero, o monge agostiniano, que com suas "95 teses" representará o início da Reforma Protestante, uma grave cisão para o cristianismo ocidental. Um de seus discípulos, João Calvino irá consolidar a aproximação do cristianismo com o capitalismo nascente, desenvolvendo a teoria da "predestinação", que julgava o acúmulo de bens e a estabilidade material como sinal de salvação. A reação da igreja católica torna-se oficial em 1545 com o Concílio de Trento.
Em Renascimento Cultural valorize menos as obras e autores e mais os antecedentes, características e desdobramentos. Em Reforma Protestante, além de sua contextualização, valorize seu significado histórico e sua relação com a burguesia e o capitalismo nascentes. Na reação católica, Contra-Reforma, a reorganização da Inquisição, a Companhia de Jesus e o Index, merecem destaque especial

Dicas sobre História para o Vestibular

Conheça algumas dicas para a prova de História dos mais conceituados vestibulares.

A prova de História dos principais vestibulares, nos últimos anos, tem cada vez mais valorizado acontecimentos ocorridos nos séculos XIX e XX, ou seja, a Idade Contemporânea em História Geral e o Período Republicano em História do Brasil. Temas envolvendo atualidades também estão em alta, tanto em História, como em Geografia.
Essas características estão presentes na maioria dos vestibulares das Universidades Federais de todo o país e em São Paulo nos exames da USP, UNICAMP, UNESP, GV, FATEC e mais notadamente da PUC, que em seu último vestibular de História (Vestibular de 2000) somente explorou esses dois séculos, ou seja, nada de Idade Antiga, de Idade Média, de Idade Moderna, de Brasil Colônia e de Brasil Império. Uma postura questionável e radical, que dificilmente se repetirá nessas proporções, apesar da tendência geral ser mesmo a valorização da História mais recente. Sendo exames de universidades de primeira linha, é natural que a tendência de privilegiar os séculos XIX e XX acabe servindo de exemplo para outros vestibulares.
Outro dado que vale destacar é a valorização de questões com conteúdo multidisciplinar. Os principais exemplos são as provas do ENEM e da UNICAMP, com enunciados longos, em que num texto sobre uma questão de Física, por exemplo, podem ser levantadas questões de História, Geografia, Literatura etc.
Apesar desses últimos exames estarem valorizando o passado histórico mais recente, o vestibulando não deve se esquecer que o programa de História envolve todas as etapas e temas do passado da humanidade, valorizando não apenas as informações e conhecimento necessários para identificar e relatar os acontecimentos, mas, sobretudo, a capacidade de abstração, generalização e análise. Para isso, é fundamental que o estudante valorize os momentos de transição, tanto na História do Brasil, como na História Geral. Esses momentos são revolucionários, pois representam uma ruptura no processo histórico, por meio de transformações estruturais, que assinalam o nascimento de um novo Modo de Produção, correspondente a um novo período na História.
Na História Geral destacaremos dois momentos de transição mais relevantes: a passagem da Idade Média para a Moderna entre os séculos XV e XVI, além da transição da Idade Moderna para a Contemporânea no final do século XVIII.
Na primeira (transição feudo-capitalista), o estudante deve valorizar as transformações econômicas e sociais, iniciadas com a reabertura do Mediterrâneo pelas Cruzadas, passando pelo Renascimento Comercial e Urbano, concomitante à projeção da burguesia. Tais mudanças estendem-se pelo século XV e início do XVI, no contexto da Revolução Comercial e da Expansão Ultramarina. Com transformações na infra-estrutura, é natural a necessidade de uma adequação política, cultural e religiosa à nova economia de mercado representada pela burguesia. Nesse sentido destacam-se respectivamente a formação das Monarquias Nacionais, o Renascimento Cultural e a Reforma Religiosa. Esse conjunto irá definir o Antigo Regime marcado pelo Estado Moderno de caráter absolutista predominante no mundo ocidental até o século XVIII.
Não precisamos ter "bola de cristal" para afirmarmos que dificilmente um exame de vestibular irá excluir esse momento histórico, no qual destacaremos os seguintes temas:

1- Cruzadas
2- Renascimento Comercial e Urbano
3- Projeção da burguesia
4- Revolução Comercial
5- Expansão Ultramarina
6- Monarquias Nacionais (Absolutismo)
7- Mercantilismo e Antigo Sistema Colonial
8- Renascimento Cultural
9- Reforma e Contra-Reforma

Já na transição para a Idade Contemporânea (capitalismo comercial para o industrial), o mundo conhecerá na mesma segunda metade do século XVIII, a Revolução Industrial na Inglaterra, a difusão do pensamento ilustrado (Iluminismo), associado ao liberalismo econômico, além da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa. Esse contexto assinala a crise do Antigo Regime e do Sistema Colonial, promovendo o avanço do capitalismo no Ocidente e levando a burguesia ao controle do Estado.
Nessa outra etapa de transição, os temas mais relevantes são:

1- Revolução Industrial
2- Iluminismo e Despotismo Esclarecido
3- Independência dos Estados Unidos
4- Revolução Francesa
Dificilmente um vestibular deixará de explorar esse momento com os fenômenos acima ou com pelo menos alguns deles.

Na próxima semana mostraremos o que deve ser mais valorizado em cada tema que destacamos acima na transição do feudalismo para o capitalismo.

Questões discursivas de História

Nada é mais na vida cotidiana da coletividade do que a oratória, que partilha com o teatro a característica de ser a manifestação cultural mais popular e mais praticada na Atenas clássica. A civilização da Atenas clássica é uma civilização do debate. As reações dos atenienses na Assembléia eram influenciadas por sua experiência como público do teatro e vice-versa. Trata-se de uma civilização substancialmente oral. O grego era educado para escutar. O caminho de Sócrates a Aristóteles ilustra perfeitamente o percurso da cultura grega da oralidade à civilização da escrita, que corresponde, no plano político e social, à passagem da cidade-estado ao ecumenismo helenístico.
(Adaptado de Agostino Masarachia, “La prosa greca del V e del IV secolo a.C.” In: Giovanni D.Anna (org.). Storia della letteratura greca. Roma: Tascabile Economici Newton, 1995, p. 52-54)
a) Estabeleça relações entre o modelo político vigente na Atenas clássica e a importância assumida pelo teatro e pela oratória nesse período.
b) Aponte características do período helenístico que o diferenciam da Atenas clássica.

Resolução
a) O modelo político vigente em Atenas no período clássico era a democracia, surgida no século VI a.C.. Ao contrário da democracia atual, a democracia ateniense se pautava na participação direta dos cidadãos, ou seja, apenas os homens adultos filhos de pais e mães atenienses (a minoria da população) tinham direito a voto nas decisões legislativas e judiciárias da cidade. Reunidos em praça pública (ágora), os cidadãos ouviam os demagogos que discorriam sobre assuntos que deveriam ser votados. Assim, a oratória era fundamental para o convencimento dos cidadãos no debate de questões importantes referentes à cidade. Como aponta o texto, a civilização grega se caracterizava por sua oralidade, que também se manifestava no teatro. Nos palcos, os dilemas humanos, as situações cotidianas, as sátiras aos acontecimentos e os comportamentos dos homens eram apresentados e permitiam aos atenienses exercitar sua capacidade de reflexão. Capacidade esta fundamental na tomada de decisões nas Assembléias.
b) Entre as características que poderiam ser citadas na diferenciação entre o período helenístico ao período clássico de Atenas, estão:
- A formação política de um vasto império que centralizou todas as cidades-estados, que anteriormente eram autônomas, sob controle de um soberano.
- No plano cultural, a fusão de elementos orientais na cultura e nas artes gregas, sobretudo na arquitetura, uma vez que o império macedônico se expandiu por várias regiões da Ásia (Império Persa, Ásia Central, Vale do Indo) tendo contato com culturas muito diferentes da grega.
- Ainda devido à expansão do Império Macedônico, elementos das religiões orientais também foram absorvidos pela religião helenística, diferenciando-a da religião grega do período clássico.
- A ampliação do uso da escrita na esfera política a partir da influência de modelos burocráticos do Oriente (por exemplo, Mesopotâmia e Egito), diferenciando-se da oralidade presente na democracia em Atenas no período clássico.

14) Em 1478, o Papa Sisto IV assinou uma bula, através da qual fundou uma nova Inquisição na Espanha. Redigida como resposta às petições dos Reis católicos, essa bula atribuía a difusão das crenças e dos ritos judaicos entre cristãos-novos de Castela e Aragão à tolerância dos bispos e autorizava os reis a nomear três inquisidores para cada uma das cidades ou dioceses dos reinos. Esse poder concedido aos príncipes era até então reservado ao Papa.
(Adaptado de Francisco Bethencourt, História das Inquisições. Portugal, Espanha e Itália. Lisboa: Círculo de Leitores, 1994, p. 17.)

a) A partir do texto, identifique os aspectos que definem a novidade da Inquisição fundada pelo papa Sisto IV.
b) Quais as mudanças vividas pelos judeus na Espanha entre os séculos XV e XVI?

Resolução
a) Muitos dos judeus que se dispersaram pela Europa tiveram como destino a Espanha, que acabou tendo sua população muito aumentada pelos novos exilados. Muitas coletividades foram fundadas, floresceram e se tornaram grandes, em sabedoria, riqueza e prestígio, a ponto da Espanha se tornar o principal centro de judaísmo na Diáspora. Considerando uma ameaça aos interesses católicos, o papa resolve estabelecer um tribunal, chamado de Inquisição, que investigava, julgava e punia a todos aqueles que eram acusados de práticas não-católicas, consideradas .heresias.. As atividades da Inquisição diziam respeito a todos os cristãos, mas na realidade a "heresia" dos judeus era a principal preocupação da Inquisição na Espanha. Lá, segundo o texto, os reis ganharam um privilégio único desse tribunal, o direito deles próprios nomearem os inquisidores, ato até então restrito ao papa.
b) Após os cristãos reconquistarem a região de Granada, sul da Espanha, e finalizarem seu processo de formação do Estado Nacional, o rei Fernando baixou um decreto determinando a expulsão dos judeus do território espanhol e o confisco de seus bens. Muitos judeus foram assassinados e roubados ainda antes de chegar a hora da partida, pois estavam completamente desamparados e indefesos. Muitos fugiram e se dispersaram, indo para além das fronteiras da Espanha, chegando a Portugal e ao norte da África.

15) Como defensor dos índios e denunciante das atrocidades dos conquistadores, frei Bartolomé de Las Casas desenvolveu a imagem da destruição das Índias., que era produto da preocupação do frade com o futuro da sociedade que se organizava: a nova sociedade começava distorcida, prenhe de desequilíbrios e de injustiças, carente dos mais elementares direitos. Com exceção de Las Casas, no século XVI prevaleceu a visão otimista da conquista: acreditava-se que a nova sociedade era inteiramente benéfica para os aborígenes, pois se partia da premissa de que a civilização européia era superior à civilização americana. O importante era o resultado final, a propagação de valores cristãos e a organização de uma sociedade alicerçada nesses valores.
(Adaptado de Hector Hernán Bruit, Bartolomé de Las Casas e a simulação dos vencidos: ensaio sobre a conquista hispânica da América. Campinas: Editora da Unicamp; São Paulo; Iluminuras, 1995, p. 17, 55.)
a) A partir do texto, identifique duas visões opostas sobre a conquista da América, presentes no século XVI.
b) Cite dois exemplos de mobilização política das populações indígenas na América Latina contemporânea.

Resolução
a) A partir do texto é possível identificar duas visões sobre a conquista da América no século XVI: aquela que era partilhada pela maior parte da população, incluindo cronistas, religiosos, funcionários reais, encomenderos e demais indivíduos envolvidos na tarefa de colonização dos novos territórios, isto é, uma visão otimista da conquista, na qual os colonizadores seriam portadores da civilização e da cultura, bem como ao catequizar e converter os indígenas estariam também contribuindo para arrebanhar novos fiéis para a Igreja Católica, enfraquecida com as Reformas Protestantes ocorridas no período. Oposta a esta visão estava a do Frei Bartolomé de Las Casas, que condenava a conquista e colonização da América, especialmente no que se refere aos abusos e violências cometidos pelos conquistadores, encomenderos e até mesmo religiosos contra os indígenas. Sua visão, como aponta o texto de Hector Bruit, era uma exceção no período, embora posteriormente tenha sido recuperada por diversos pensadores americanos e europeus, contribuindo para criação de uma imagem pejorativa dos espanhóis e do processo de conquista da América (Lenda Negra).
b) Entre os exemplos que poderiam ser citados estão:
- Neozapatismo: movimento iniciado em 1994, liderado pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) na região de Chiapas no México.
- As mobilizações de diferentes grupos indígenas na eleição de Evo Morales;
- A fundação de diferentes organizações indígenas no Brasil reivindicando as demarcações de reservas, melhores condições de vida para as populações indígenas e o combate à invasão de terras.

16) Em 1750, o governador do Rio de Janeiro, conde de Bobadela, enviou uma carta ao Rei de Portugal, D. João V, na qual comentava a assinatura do Tratado de Madri:
No tratado, a nossa demarcação passa por parte das Missões jesuítas, e surpreende-me como os jesuítas, tão poderosos na Corte de Madri, não embaraçaram a conclusão desse tratado. Porém, pode ser que armem tantas dificuldades à execução do tratado, que tenhamos barreira para muitos anos. Como me persuado, Sua Majestade determinará não seja evacuada a Colônia do Sacramento, enquanto não houverem sido evacuadas as áreas das Missões.
(Adaptado de http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe /sys/ start.hm)
a) Quais as resoluções do Tratado de Madri em relação às fronteiras coloniais?
b) Quais as conseqüências do Tratado de Madri para a atuação dos jesuítas na América Portuguesa?

Resolução
a) O Tratado de Madri foi firmado na capital espanhola entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Espanha, aos 13 de Janeiro de 1750, para definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas, pondo fim assim às disputas entre os reinos ibéricos. O objetivo do tratado era substituir o de Tordesilhas, o qual já não era mais respeitado na prática. As negociações privilegiaram a utilização de rios e montanhas para demarcação dos limites. O diploma consagrou o princípio do direito privado romano do uti possidetis, ita possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito), delineando os contornos aproximados do Brasil atual.
b) Os jesuítas foram expulsos das colônias portuguesas pelo Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, em função de radicais diferenças de propósitos. A educação jesuítica não convinha aos interesses comerciais emanados por Pombal, ou seja, enquanto as escolas da Companhia de Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé, Pombal pensava em organizar a escola para servir aos interesses da Coroa. Além disso, os jesuítas representavam uma ameaça ao estado português, pois constituíam um poder paralelo no território de seu império colonial. Sendo assim, os jesuítas que ocupavam a área anexada por Portugal pelo Tratado de Madri deveriam abandonar seus trabalhos, o que gerou uma série de conflitos, entre os quais a Guerra Guaranítica (1754-1756), quando índios guaranis missioneiros tentaram impedir a retirada dos jesuítas e a demarcação das novas fronteiras. Tal revolta foi violentamente reprimida por tropas luso-espanholas e as determinações das coroas foram cumpridas.

17) Em meados do século XVIII, o abade português Diogo Barbosa Machado colecionava vários tipos de impressos: retratos, mapas e, principalmente, pequenas obras escritas, chamadas de folhetos.
Esses folhetos divulgavam os mais diversos acontecimentos naquele mundo após a invenção da imprensa, em 1450. Eram produzidos em rápidas e pequenas tiragens para agilizar sua difusão, dinamizando assim a comunicação nas sociedades da época moderna. Essa coleção abrangia muitos folhetos relativos a Portugal e a seu império ultramarino, do século XVI ao XVIII.
(Adaptado de Rodrigo Bentes Monteiro & Jorge Miranda Leite, Os manifestos de Portugal..
Reflexões acerca de um Estado moderno.. In: Martha Abreu, Rachel Soihet, Rebeca Gontijo (orgs.). Cultura política e leituras do passado: historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 113-114.)
a) A partir do texto, explique a importância dos folhetos em Portugal no século XVIII.
b) Indique duas características da cultura letrada na América portuguesa entre os séculos XVI e XVIII.

Resolução
a) Os folhetos, segundo o texto, eram pequenas obras que relatavam diferentes acontecimentos do mundo desde 1450. Devido a suas baixas e rápidas tiragens eles eram amplamente difundidos e permitiam o acesso aos acontecimentos mundiais no período. Assim, sua importância reside sobretudo, na capacidade de transmitir conhecimentos de uma forma rápida, barata (pois eram impressos em tamanhos pequenos e feitos em materiais de menor qualidade) e eficaz em Portugal (atingindo boa parte da comunidade letrada da nação).
b) A cultura letrada na América Portuguesa entre os séculos XVI e XVIII estava restrita a uma pequena parcela da população: religiosos, funcionários reais e parte da elite proprietária de terras. As mulheres, com raras exceções, não tinham acesso a cultura letrada no período, uma vez que não eram alfabetizadas. Entre os livros mais lidos estavam aqueles ligados a religião (como livros de orações e hagiografias), obras de ciências naturais e de ofícios práticos (como, por exemplo, livros de matemática e sobre plantas medicinais), além de obras filosóficas. Havia, além disso, o controle sobre as obras enviadas para a colônia, uma vez que obras consideradas de conteúdo sedicioso não eram permitidas na América (embora a prática do contrabando fosse comum). Os centros de ensino eram dominados pelas ordens religiosas, sendo os jesuítas o grupo de maior expressão até sua expulsão. Nos séculos XVI e XVII, destaca-se a produção de crônicas sobre as terras descobertas e os catecismos feitos por religiosos para conversão dos gentios (obras impressas na metrópole).
Na literatura merecem destaque as produções literárias associadas ao crescimento da urbanização da América Portuguesa, como, por exemplo, as obras de Gregório de Matos e Tomás Antônio Gonzaga.

18) Sobre a transferência da Corte de D. João VI para o Brasil, o historiador Kenneth Maxwell afirma: Novas instituições foram criadas pela coroa portuguesa, e a maioria delas foi estabelecida no Rio de Janeiro, que, assim, assumiu um papel centralizador dentro de uma América portuguesa que antes era muito fragmentada no sentido administrativo. Houve resistência a isso, principalmente em Pernambuco, em 1817. Mas, no final, o poder central foi mantido. (Adaptado de Kenneth Maxwell, “Para Maxwell, país não permite leituras convencionais”. Entrevista concedida a Marcos Strecker. Folha de São Paulo, 25/11/2007, Mais, p. 5.)
a) Segundo o texto, quais as mudanças suscitadas pela transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808?
b) Quais os objetivos do movimento de Pernambuco em 1817?

Resolução
a) O texto salienta o processo de centralização política ocorrido na América Portuguesa com a transferência da corte portuguesa ao Brasil (1808). Diante de tal episódio as elites locais perderam parte de seu poder de atuação, passando a responder às autoridades portuguesas estabelecidas no Rio de Janeiro, que passa a ser a sede do Império português.
b) A transferência da Corte ao Brasil veio acompanhada de muitas transformações na colônia, como a criação de muitos cargos burocráticos para acolher esses nobres, e uma série de melhorias que foram sentidas quase que exclusivamente na capital, Rio de Janeiro, que abrigou a maior parte desses novos habitantes. Podemos citar, como exemplos, a criação imprensa, a biblioteca e o teatro real, achegada da missão artística francesas, entre outros. Essas regalias não chegaram sem custos e foram acompanhadas de um aumento generalizado de impostos, o que gerava o questionamento das populações de outras regiões. Diante desse contexto eclode a Revolução Pernambucana, um movimento emancipacionista, que desejava a separação da região e a proclamação de uma república, o que chegou a acontecer temporariamente até ser reprimido pelas tropas enviadas por D. João VI.


19) Na década de 1840, com a perspectiva do fim do tráfico negreiro, o governo brasileiro começou a interessar-se por fontes alternativas de mão-de-obra, encorajando a imigração de "trabalhadores pobres, moços e robustos" e tentando fixá-los nas fazendas de café. Se os imigrantes tivessem de comprar terras e os preços fossem mantidos em alta, eles seriam obrigados a trabalhar alguns anos antes de poderem comprar seu próprio lote. A Lei de Terras foi aprovada em 18 de setembro de 1850, duas semanas após a aprovação da lei contra o tráfico de escravos.
(Adaptado de Leslie Bethell e José Murilo de Carvalho, "O Brasil da Independência a meados do século XIX". In: Leslie Bethell (org.), História da América Latina: da Independência a 1870, vol. III. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2001, p. 753-54, 766.)
a) Como se dava o acesso à terra antes e depois da promulgação da Lei de Terras de 1850?
b) De que maneira a Lei de Terras de 1850 buscou promover o trabalho livre?

Resolução
a) O acesso à terras antes de 1850 se dava pela doação de terras através das sesmarias desde o período colonial ou ainda pela compra e, principalmente, ocupação e posterior posse de terras devolutas. A partir da aprovação da Lei de Terras de 1850 as terras desocupadas se tornaram propriedades do Estado e somente poderiam ser adquiridas mediante compra e venda ou por autorização do rei.
b) A Lei de Terras garantia mão-de-obra livre aos grandes proprietários, pois restringia o acesso à terra mediante a compra.Assim, o imigrante ou homem livre deveria se dedicar ao trabalho assalariado, geralmente nas plantações de café, para obter o capital suficiente para compra de sua propriedade. Sem a aprovação da Lei de Terras, possivelmente, escravos libertos e imigrantes europeus ao invés de trabalharem nas grandes lavouras se dirigiriam para o interior do país em busca de terras desocupadas para tomar posse.

20) A biologia era essencial para uma ideologia burguesa teoricamente igualitária, pois deslocava a culpa das desigualdades humanas da sociedade para a natureza. As vinculações entre biologia e ideologia são evidentes no intercâmbio entre eugenia e genética. A eugenia era essencialmente um movimento político, que acreditava que as condições do homem e da sociedade só poderiam melhorar através do incentivo à reprodução de tipos humanos valorizados e da eliminação dos indesejáveis. A eugenia só passou a ser considerada científica após 1900, com o surgimento da genética, que parecia sugerir que o cruzamento seletivo dos seres humanos segundo o processo mendeliano era possível.
(Adaptado de Eric Hobsbawn. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992, p. 351-353)
a) Quais as implicações políticas do desenvolvimento da genética, no início do século XX?
b) Relacione a ciência do final do século XIX e a política externa européia do período.

Resolução
a) O desenvolvimento da genética no início do século XX inspirou o surgimento de teorias que tentavam explicar a origem das desigualdades sociais com bases pretensiosamente científicas (o que chamamos de eugenia), estabelecendo um nível de “superioridade” e de “inferioridade” entre seres humanos. Podemos apontar que a Alemanha Nazista levou essas políticas eugênicas ao extremo, o que teria causado o holocausto e o ódio racial entre grupos étnicos distintos. A eugenia foi praticada também com alemães que possuíam deficiências físicas ou mentais, através do extermínio, e da esterilização.
b) Diante da industrialização de vários países europeus, as grandes potências mundiais passam a concorrer por fontes de matérias-primas, fontes de energia e mercados consumidores. Essa crise foi superada com uma nova empreitada colonialista sobre os continentes africano e asiático. Entretanto, tal investida foi justificada por teorias inspiradas no chamado “darwinismo social”, que defendiam a “superioridade” dos europeus em relação a esses povos e pregava uma “missão civilizadora" ao homem branco, que era justamente expandir sua cultura para os essas regiões supostamente atrasadas.

21) São Paulo, quem te viu e quem te vê! Tinhas então as tuas ruas sem calçamento, iluminadas pela luz baça e amortecida de uns lampiões de azeite; tuas casas, quase todas térreas, tinham nas janelas umas rótulas através das quais conversavam os estudantes com as namoradas; os carros de bois guinchavam pelas ruas carregando enormes cargas e guiados por míseros cativos. Eras então uma cidade puramente paulista, hoje és uma cidade italiana!! Estás completamente transformada, com proporções agigantadas, possuindo opulentos e lindíssimos prédios, praças vastas e arborizadas, ruas todas calçadas, cortadas por diversas linhas de bond, centenas de casas de negócios e a locomotiva soltando seus sibilos progressistas.
(Adaptado de Alfredo Moreira Pinto, A cidade de São Paulo em 1900. São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, 1979, p. 8-10.)
a) Cite duas transformações mencionadas no texto que marcam a oposição entre atraso e progresso.
b) De que formas a economia cafeeira contribuiu para as transformações observadas pelo autor?

Resolução
a) As diferenças entre o atraso e o progresso ficam evidentes na observação das ruas, que passam a ser calçadas e transitadas por bondes ao invés de carros de bois, como anteriormente; nos prédios, que ganham proporções gigantescas; e também pela maior circulação de pessoas e mercadorias, proporcionando maior dinamismo econômico à cidade.
b) São Paulo se tornou o grande centro produtor de café no Brasil, produto que caiu no gosto do europeu, ampliando cada vez mais seu mercado ao longo do século XIX. Assim, essa região se tornou o grande centro econômico do país, acumulando um excedente de capital que posteriormente pôde ser investido na sua industrialização; adquiriu infra-estrutura com ferrovias e portos; e atraiu a vinda de muitos imigrantes, o que ampliou o mercado consumidor interno, incentivando a produção e o consumo local, e também gerando a mão-de-obra necessária tanto no meio rural, como no meio urbano.

22) De 1550 a 1930, o mercado de trabalho brasileiro está desterritorializado. Só nos anos 1930-40 a reprodução ampliada da força de trabalho passa a ocorrer inteiramente no interior do território nacional.
(Adaptado de Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul (séculos XVI e XVII). São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 354.)
a) Quais características do mercado de trabalho brasileiro, entre 1550 e 1930, permitem considerá-lo .desterritorializado "?
b) Indique duas mudanças do mercado de trabalho brasileiro ocorridas nas décadas de 1930 e 1940.

Resolução
a) O mercado de trabalho entre 1550 e 1930 se caracteriza pela sua concentração no litoral, seguindo, portanto, a tendência da ocupação das terras no Brasil e caracterizando a desterritorialização apontada no texto. Além disso, a economia brasileira do período era marcada pela atividade agrícola, de modo que o mercado de trabalho estava espalhado entre as diferentes unidades produtoras de gêneros agrícolas, não concentrando a mão-de-obra em determinadas regiões – algo típico do trabalho urbano e industrial. Poderia ainda ser mencionado o fato de que, até 1930, a maioria dos trabalhadores brasileiros era oriunda de outras regiões do mundo (escravos africanos e imigrantes europeus), constituindo assim uma desterritorialização do mercado de trabalho que necessitava de um fluxo externo para atender a demanda por mão-de-obra.
b) Entre as mudanças que poderiam ser citadas estão:
- A ampliação da oferta de trabalho nas atividades urbanas e industriais.
- Como conseqüência da ampliação do mercado de trabalho nas cidades, o êxodo rural e a diminuição da quantidade de trabalhadores rurais.
- A interferência do Estado nas relações trabalhistas (aprovação de leis trabalhistas e criação da Justiça do Trabalho).
- O crescimento da importância política das classes trabalhadoras.
- O aumento do uso de trabalhadores brasileiros, com a aprovação da lei de nacionalização do trabalho, que exigia a presença de 2/3 de trabalhadores nacionais nas empresas.
- A legalização dos sindicatos de trabalhadores.

23) Alguns comunistas franceses encontravam conforto na idéia de que as atitudes de Stalin em relação aos opositores do regime político vigente na União Soviética eram tão justificadas pela necessidade quanto havia sido o Terror de 1793-1794, liderado por Robespierre. Talvez em outros países, onde a palavra Terror não sugerisse tão prontamente episódios de glória nacional e triunfo revolucionário, essa comparação entre Robespierre e Stalin não tenha sido feita.
(Adaptado de Eric Hobsbawn. Ecos da Marselhesa: dois séculos revêem a Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p.67-68.)
a) De acordo com o texto, o que permitiu aos comunistas a comparação entre os regimes de Robespierre e de Stalin?
b) Quais os princípios políticos que definiam o regime soviético?

Resolução
a) Os dois líderes ascenderam em momentos revolucionários: Robespierre durante o processo da Revolução Francesa (1789-1799), pela qual a burguesia começa a derrubada os valores aristocráticos do “Antigo Regime”, e Stálin, na Revolução Russa, que impõe um regime socialista àquele país após o fim do .czarismo.. Ambos se utilizaram a violência para reprimir seus opositores, garantir seu poder e impor as transformações sociais que desejavam aos seus países, além disso, eles ambicionavam por reformas que se aproximavam das reivindicações das camadas mais populares, o que justificaria a comparação feita pelos comunistas franceses.
b) O regime soviético caracterizava-se por ser um Estado Totalitário no qual ocorre uma ausência de alternância real do poder político, existência de um sistema de partido político único, a presença de uma ideologia política que delimita e explica totalmente toda a realidade social (ou pelo menos pretende delimitar e explicar na sua totalidade com base em premissas e argumentos supostamente científicos), forte propaganda ideológica e controle dos meios de comunicação, existência de um aparelho burocrático altamente desenvolvido e de uma estrutura administrativa complexa a serviço do Estado e não a serviço do indivíduo e da sociedade. Além disso, por se tratar de um totalitarismo de esquerda, ou seja, aliado à ideologia socialista, promoveu a estatização e a planificação da economia.

24) Socialmente, os governos democratas de John F. Kennedy (1960-63) e Lyndon B. Johnson (1963-68) tentaram consolidar um .New Deal suavizado.. Ao mesmo tempo, os dois presidentes comprometeram o país com uma guerra sangrenta no Vietnã.
(Adaptado de Sean Purdy, “O século Americano”. In: Leandro Karnal, Sean Purdy, Luiz Estevam Fernandes e Marcus Vinicius de Morais (orgs.). História dos Estados Unidos. Das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007, p. 235.)
a) O que foi o New Deal na década de 1930?
b) Identifique as bandeiras políticas dos movimentos sociais nos Estados Unidos desse período.

Resolução
a) O New Deal (Novo Acordo) é o nome dado ao programa implementado nos Estados Unidos pelo presidente Franklin Roosevelt, na década de 1930, visando recuperar a economia do país abalada pela crise de 1929. Apoiado na teoria econômica de John Maynard Keynes, que pregava a intervenção do Estado na economia como forma de controle em momentos de crise, Roosevelt empregou uma série de medidas, entre elas:
- Medidas de proteção aos trabalhadores como o estabelecimento do salário mínimo, a redução das jornadas de trabalho, a criação de auxílios desemprego e saúde e o aumento de salários;
- Construção de grandes obras públicas para diminuir o desemprego e aumentar o consumo;
- Concessão de empréstimos a fazendeiros e empresários urbanos que haviam falido durante a crise;
- Controle Estatal dos preços e da produção de gêneros agrícolas e industriais.
A partir dessas medidas, em 1939 a economia norte-americana já estava plenamente recuperada, atingindo patamares semelhantes ao momento anterior à crise.
b) A partir da interpretação do enunciado, possivelmente o período ao qual a questão se refere são os anos entre 1960 e 1968. Neste período se destacam os seguintes os movimentos sociais:
- O feminismo: movimento político que luta pela igualdade entre homens e mulheres, teve um dos seus momentos de maior manifestação política a década de 1960 nos Estados Unidos;
- Movimento Hippie: parte do movimento de contracultura da década de 1960, os hippies eram contrários ao nacionalismo e a Guerra do Vietnã, contestavam os valores e as políticas tradicionais norteamericanas;
- Movimento Negro pela igualdade civil nos Estados Unidos visando abolir a discriminação e segregação racial no país. O movimento negro teve neste período sua radicalização com o surgimento dos chamados "panteras negras";
- Movimentos contrários à Guerra do Vietnã reunindo diferentes setores da sociedade norte americana;
- Movimentos estudantis: mobilização dos estudantes contra a Guerra do Vietnã e nas críticas ao governo, que eram muitas vezes associados a idéias marxistas.

Questões variadas de História

Q.01
A cidade antiga (grega, entre os séculos VIII e IV a.C.) e a cidade medieval (européia, entre os séculos XII e XIV), quando comparadas, apresentam tanto aspectos comuns quanto contrastantes.
Indique aspectos que são
a) comuns às cidades antiga e medieval.
b) específicos de cada uma delas.

A) As cidades gregas possuíam autonomia política entre si, assim como as cidades medievais quando ganhavam o status de comunas. Nos dois casos o poder político era exercido a partir das necessidades locais, com pouco espaço para outras esferas de poder. Economicamente as cidades gregas e medievais conheceram um razoável desenvolvimento comercial, servindo de pontos de ligação e referência entre áreas de povoamento distantes. Assim as colônias gregas na orla do Mediterrâneo foram interligadas pelas cidades peninsulares e pela ação de sua camada comercial, assim como as áreas do Oriente e a Europa Ocidental foram interligadas pelas atividades desenvolvidas pela incipiente burguesia comercial das cidades medievais.

B) A hierarquização social nessas cidades era um importante ator de diferenciação, posto que no caso grego houvesse uma maior possibilidade de ascensão social se comparada à organização social medieval, mesmo no contexto urbano. Cabe citar a postura notadamente belicosa das cidades gregas, com exércitos próprios que, não raras vezes, se enfrentaram de maneira bastante feroz; essa prática não era comum às cidades medievais, dependentes da proteção de nobres ou exércitos nacionais. No aspecto político, as cidades gregas traziam consigo uma identidade local que as transformava em quase nações autônomas onde não era incomum a prática da xenofobia. A cidade medieval era cosmopolita na sua gênese, servindo de abrigo para imigrantes das mais variadas partes da Europa e do mundo conhecido, explicando em grande parte a riqueza cultural que serviu de matéria-prima para o Renascimento Cultural ao final da Idade Média.

Q.02
Se, para o historiador, a Idade Média não pode ser reduzida a uma “Idade das Trevas”, para o senso comum, ela continua a ser lembrada dessa maneira, como um período de práticas e instituições “bárbaras”.
Com base na afirmação acima, indique e descreva:
a) duas contribuições relevantes da Idade Média.
b) duas práticas ou instituições medievais lembradas negativamente.

a) Durante a Idade Média, em especial a Baixa Idade Média, houve grandes transformações culturais, produzidas pela tradução de obras clássicas e pela incorporação de uma parte de seus conceitos, que deu origem a escolástica, expressão filosófica que procurou combinar o espiritualismo cristão com o racionalismo clássico. A cultura muçulmana, por sua vez, pode ser considerada uma importante referência para a Europa Medieval; a introdução de noções de medicina, química, arquitetura e matemática, dinamizaram de maneira significativa a cultura ocidental e formaram a base de um legado que permanece importante ao longo de séculos. Durante esse período novas técnicas agrícolas se desenvolveram e possibilitaram um aumento da produção.
b) A principal lembrança negativa é o Tribunal do Santo Ofício e a prática da Inquisição, desde o século XII, responsável pelas perseguições, julgamentos, tortura e condenação à fogueira. Além dessa categoria de violência, o período também é associado à eclosão e permanência de diversos conflitos, responsáveis pela dizimação de grande parte da população européia. No aspecto social, a exploração do trabalho servil, determinou condições de vida miseráveis aos não nobres, acentuando de maneira expressiva a hierarquização social, justificada e defendida pela Igreja Católica.


Q.03
Durante o século XVIII, na Europa, constituíram-se dois pólos dinâmicos: um de dimensão cultural, representado pela França, e outro de dimensão econômica, representado pela Inglaterra.
Descreva aspectos referentes ao
a) primeiro pólo.
b) segundo pólo.

A) A França no século XVIII foi, assim como boa parte da Europa, o palco de uma vigorosa onda de oposição à sociedade do Antigo Regime. No caso francês o movimento iluminista assume um papel relevante devido ao absolutismo Bourbon, considerado o mais perfeito exemplo em todo continente, simbolizado pelo rei Luiz XIV, o Rei Sol. Já na fase de decadência dessa dinastia, nomes importantes como Voltaire, Montesquieu e Rousseau teceram críticas a diversos aspectos da sociedade nobiliárquica francesa que receberia um golpe significativo ao final do século com a Revolução Francesa.
B) Economicamente a Inglaterra representou a mudança significativa para o capitalismo europeu ao final do século XVIII, devido ao advento da Revolução Industrial. Processo longo e marcado pela introdução de formas novas de produção, a Revolução Industrial tornou possível para o capitalismo a era da produção em larga escala, a dinamização de centros urbanos, além de trazer no seu bojo o nascimento de uma nova classe social: o proletariado urbano. As novas necessidades do capitalismo vão determinar mudanças expressivas nas relações políticas no Ocidente, além de tornar cada vez mais universal a forma de produção maciça de bens.

Q.04
O estabelecimento dos franceses na Baía de Guanabara, em 1555, é um entre outros episódios que ilustram as relações entre a França e as terras americanas pertencentes à Coroa lusitana, durante os três primeiros séculos da colonização.
a) Explique o que levou os franceses a se estabelecerem pela primeira vez nessas terras.
b) Cite e caracterize uma outra tentativa francesa de ocupação na América Portuguesa.

a) Os franceses nunca aceitaram o Tratado de Tordesilhas e, portanto, não reconheciam o direito atribuído à Portugal e Espanha em 1494. No momento em que os franceses invadiram a Baía da Guanabara vivenciavam um processo de centralização política, marcado pelas disputas religiosas entre católicos e huguenotes, sendo que muitos desses eram burgueses e estavam interessados na expansão comercial, com a conquista de novas terras e mercados, além de um local que servisse de refúgio.

b) A outra tentativa importante foi realizada entre 1612 e 1615 no litoral do atual Maranhão, onde os franceses católicos fundaram o Forte de São Luís, no contexto da União Ibérica, momento em que os franceses pretendiam ampliar suas possessões na América e se conflitavam com a Espanha, potência da época. Durante esse período governo do Cardeal Richelieu, de tendência absolutista, garantia apoio do Estado àqueles que tivesses vínculos político e religiosos com o mesmo.

Q.05
Nos Estados Unidos, a expansão para o Oeste se completou no final do século XIX. Discorra sobre esse fenômeno histórico no que se refere
a) à questão indígena e à incorporação de terras para a agricultura.
b) ao Oeste, como temática da cultura norte-americana, por exemplo na literatura, no cinema e nos meios de comunicação.

A) A expansão norte-americana para o Oeste representou o processo de aniquilação das nações indígenas presentes na região. Ao expandir as fronteiras cada vez mais para o Oeste os colonos, como auxílio das forças militares e das empresas ferroviárias, dizimaram aldeias inteiras, além de destruir completamente os recursos naturais disponíveis para a manutenção dessas comunidades. As terras foram rapidamente ocupadas pelos chamados “desbravadores”, que recebiam amparo legal e material do governo dos EUA (Homestead de 1862). Aos poucos as terras selvagens do Oeste foram incorporadas ao território americano a partir da supostamente “épica” marcha para o Oeste.

B) A expansão para o Oeste é um dos temas formadores da auto-imagem do norte-americano. O cow-boy é apresentado pelo cinema como herói destemido que simbolizaria a ímpeto empreendedor da nação americana. Nos filmes mais antigos as figuras do índio e a do mexicano são apresentadas de maneira caricatural e pejorativa. Na literatura as histórias de mocinhos e bandidos formam o imaginário simplista que reforçam idéias formadoras de um “destino manifesto” na luta entre o bem e o mal. Curiosamente esse maniqueísmo está presente em toda produção cultural dos EUA e ainda determina o tom nas relações entre os governos norte-americanos e as demais nações.

Q.06
A extinção do tráfico de escravos africanos no Brasil ocorreu em 1850.
Com relação a esse marco histórico,
a) explique o papel da Inglaterra nessa decisão.
b) relacione-o com a chegada de imigrantes.

a) Desde 1810, com o Tratado de Comércio e Navegação, a Inglaterra pressionava os portugueses para promoveram o fim do tráfico. Essa situação esta relacionada à expansão das idéias iluministas e principalmente à Revolução Industrial, que passou a exigir a ampliação dos mercados consumidores. Em outros momentos a Inglaterra revitalizou suas pressões, como em 1825 – ao reconhecer a independência do Brasil – e posteriormente em 1831 – quando da organização do governo regencial. A pressões se ampliaram em 1845, com a aprovação do Bill Aberdeen pelo Parlamento Inglês e com o aprisionamento de navios negreiros.
b) A extinção do tráfico negreiro em 1850, com a Lei Eusébio de Queiroz, ocorreu em um momento de expansão dos cafezais, principalmente no oeste paulista, que exigiam um aumento do número de trabalhadores. Para atender a essa demanda, governo e cafeicultores desenvolveram uma política de incentivo à imigração, grande parte deles destinados a lavoura de café, a partir do desenvolvimento do sistema de parceria e do trabalho livre.

Q.07
A vitória do regime republicano no Brasil (1889) e a conseqüente derrubada da monarquia podem ser explicadas, levando-se em conta diversos fatores. Entre eles, explique:
a) a importância do Partido Republicano.
b) o papel dos militares apoiados nas idéias positivistas.

A) O Partido Republicano desempenhou um importante papel no contexto de crise do regime monárquico no Brasil, ao final do século XIX. Apesar de não ser um tipo de proposta política nova, o republicanismo representou a partir da década de 70 do século XIX, um importante ponto de oposição ao governo Pedro II, principalmente por trazer em suas fileiras a elite cafeeira do Oeste Paulista. A partir de uma proposta moderada (patrocinada por Quintino Bocaiúva) com base na organização da Convenção de Itu, o republicanismo ganha legitimidade em todo território nacional. Com apoio de outros setores sociais e com notada participação da imprensa, o republicanismo supera por um golpe militar o regime monárquico.
b) O Positivismo, trazido para a academia por Benjamin Constant, foi um importante ponto de apoio ideológico e filosófico para os militares brasileiros. O Exército ganhou importância depois da Guerra do Paraguai e seus principais líderes, com base no pensamento racional positivista, passam a tecer críticas ácidas ao combalido regime imperial. Matérias como o pagamento de pensões ás viúvas de militares mortos na guerra, a abolição da escravidão e até a suposta venalidade da administração imperial eram tratadas pela imprensa, fazendo com que o governo imperial tomasse medidas repressivas contra as principais lideranças militares. Esse clima de instabilidade foi importante para a eclosão do golpe que poria fim ao governo monárquico.

Q.08
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até ao esgotamento completo. [...] Caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.”
Euclides da Cunha, Os Sertões.
Relacione o movimento de Canudos com
a) os problemas econômico-sociais da região.
b) a crença religiosa e a luta política da população.

a) Apesar do arraial de Canudos se localizar no interior da Bahia, supõe-se que a região a que se refere a pergunta é o Nordeste. A população de Canudos provinha de diversos estados do Nordeste, caracterizados por grande pobreza e marginalidade. A pobreza da região está associada à decadência das lavouras tradicionais, às secas – destacando-se a de 1877 – e a concentração fundiária, enquanto a marginalidade está associada às práticas corolenísticas e a ignorância a qual estava submetida a população.
b) A população brasileira é marcada por forte religiosidade, católica, e ao longo do tempo foi influenciada por crenças em Santos e Messias. O movimento de Canudos é considerado um movimento messiânico, sebastianista, pois seu líder, Antonio Conselheiro, pregava a volta do Rei D. Sebastião, que salvaria a todos os seus seguidores.
Quanto a “luta política da população”, considerando-se a população de Canudos, foram considerados monarquistas, em parte pelas críticas de Conselheiro à República, em parte por se colocarem contra a ordem vigente, a recém proclamada República, acusados de subversão.

Q.09

Questões de História

Na atualidade, praticamente todos os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se defensores de padrões democráticos e de valores republicanos. Na Antigüidade, tais padrões e valores conheceram o auge, tanto na democracia ateniense, quanto na república romana, quando predominaram
a) a liberdade e o individualismo.
b) o debate e o bem público.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeito à privacidade.
e) a tolerância religiosa e o direito civil.

RESPOSTA: B
A democracia é um dos principais valores destacados na história política das cidades gregas e seu apogeu, na cidade de Atenas, coincide com o governo de Péricles e com o estímulo a participação dos cidadãos. Em Roma, o período de maior participação política dos cidadãos foi a República (Res pública = “coisa” pública)

72) Nos séculos XIV e XV, a Itália foi a região mais rica e influente da Europa. Isso ocorreu devido à
a) iniciativa pioneira na busca do caminho marítimo para as Índias.
b) centralização precoce do poder monárquico nessa região.
c) ausência completa de relações feudais em todo o seu território.
d) neutralidade da península itálica frente à guerra generalizada na Europa.
e) combinação de desenvolvimento comercial com pujança artística.

RESPOSTA: E
Desde o período das cruzadas, em especial desde o século XII, as cidades italianas promoveram a expansão do comércio pelo Mediterrâneo, em um contato cada vez maior com mercadores árabes e bizantinos, trazendo para a Europa as especiarias. Esse comércio foi responsável pelo enriquecimento das camadas mercantis urbanas e propiciou o desenvolvimento cultural e científico, na medida em que estimulou o desenvolvimento do mecenato. O período retratado pelo enunciado corresponde ao florescimento e apogeu do Renascimento Cultural italiano (séculos XIV e XV)

73) “Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.”
Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527.
O texto remete diretamente
a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.

RESPOSTA: D
O texto do comerciante situa-se no período da expansão marítima e refere-se à disputa que envolveu Portugal e Espanha, antes de depois da assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494), que dividia as terras da América entre os dois países.

74) Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como
a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.
b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.
c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.
d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.
e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.

RESPOSTA: C
A questão aborda uma situação que está em evidência, na medida em que completa-se 200 anos da transferência da Corte para a colônia e talvez muitos vestibulandos tenham sido influenciados por uma visão grotesca da história do Brasil, que procura passar a imagem de covardia e desespero da família real. Toda a Europa vivia uma grave crise fruto da expansão francesa e das pressões da Inglaterra industrializada. Em Portugal, em alguns momentos de crise, como no início da União Ibérica, aventou-se a possibilidade de transferência da Corte para o Brasil.

75) Com relação ao período colonial, tanto na América Portuguesa quanto na América Espanhola, considere as seguintes afirmações:

1. a mão-de-obra escrava africana, empregada nas atividades econômicas, era a predominante.
2. as Coroas controlavam as economias por intermédio de monopólios e privilégios.
3. os nascidos nas Américas não sofriam restrições para ascender nas administrações civis e religiosas.
4. a alta hierarquia da Igreja Católica mantinha fortes laços políticos com as Coroas.
5. as rebeliões manifestavam as insatisfações políticas de diferentes grupos sociais.
Das afirmações acima, são verdadeiras apenas
a) 1, 2 e 3
b) 1, 3 e 4
c) 2, 3 e 5
d) 2, 4 e 5
e) 3, 4 e 5

RESPOSTA: D
O período colonial praticamente coincide com a Idade Moderna, que é caracterizada pela política econômica mercantilista, com forte intervenção do Estado, pela grande influência da Igreja na administração e formação cultural e, principalmente em seu final, por movimentos de contestação da exploração e por movimentos de emancipação.
Na América Espanhola predominou a mão de obra indígena e os nascidos na América tinham seus direitos limitados e participavam apenas da administração municipal ou ocupavam cargos religiosos.

76) A atividade extrativista desenvolvida na Amazônia, durante o período colonial, foi importante, porque:
a) garantiu a ocupação da região e aproveitou a mão-deobra indígena local.
b) reproduziu, na região, a estrutura da grande propriedade monocultora.
c) gerou riquezas e permitiu a abertura de estradas na região.
d) permitiu a integração do norte do Brasil ao contexto andino.
e) inviabilizou as aspirações holandesas de ocupação da floresta.

RESPOSTA: A
A ocupação da Amazônia no período colonial foi secundária, a presença de portugueses era muito pequena, restrita a grupos de jesuítas e a atividade extrativista de “drogas do sertão”, em sua região ocidental, para a produção de óleos e ceras, além de plantas medicinais.

77) “No Chile, a lei não serve para outra coisa a não ser produzir a anarquia e a ausência de sanções [...] Se eu, por exemplo, prendo um indivíduo que sei que está tramando uma conspiração [contra o governo], violo a lei. Maldita lei então que não deixa o braço do governo proceder livremente no momento oportuno. [...] De minha parte, sei dizer que, com lei ou sem ela, essa senhora que chamam de Constituição tem que ser violada quando as circunstâncias são extremas.”
Carta de Diego Portales, ministro chileno, em 1834. Nesse texto, Portales está defendendo uma visão:
a) liberal, que privilegia o respeito às leis e à justiça.
b) aristocrática, que valoriza o regime monárquico.
c) federalista, que salvaguarda os interesses das províncias.
d) elitista, que defende os direitos do indivíduo.
e) autoritária, que garante a ordem acima de tudo.

RESPOSTA: E
Uma questão de interpretação, que não depende do conhecimento da História do Chile ou do ministro citado. O ministro sugere que a Constituição seja violada, numa postura que pode ser considerada conservadora e autoritária.

78) Sobre a economia brasileira durante a Primeira República, é possível destacar os seguintes elementos:
a) exportações dirigidas aos mercados europeus e asiáticos e crescimento da pecuária no Nordeste.
b) investimentos britânicos no setor de serviços e produção de bens primários para a exportação.
c) protecionismo alfandegário para estimular a indústria e notável ampliação do mercado interno.
d) aplicação de capital estrangeiro na indústria e consolidação do café como único produto de exportação.
e) integração regional e plano federal de defesa da comercialização da borracha na Amazônia.

RESPOSTA B
A Primeira República, tradicionalmente denominada República Velha (1889-1930) é caracterizada, do ponto de vista econômico, pela produção e exportação de café, oriundo principalmente de São Paulo e Minas Gerais, enquanto outras regiões do país, principalmente no nordeste, se destacam outros gêneros agrícolas de exportação. Ao mesmo tempo se mantêm os investimentos estrangeiros no país, notadamente ingleses, no setor de serviços – como transporte, iluminação e serviços financeiros. A política estatal de “valorização do café” procurou proteger esse setor e, apesar da extração do látex na Amazônia, não houve uma política de integração, além de ter curta duração.

79) “O livre-comércio é um bem – como a virtude, a santidade e a retidão – a ser amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males – como o vício e o crime – a serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos.” The Economist, em 1848.
Tendo em vista o contexto histórico da época, tal formulação favorecia particularmente os interesses:
a) do comércio internacional, mas não do inglês.
b) da agricultura inglesa e da estrangeira.
c) da indústria inglesa, mas não da estrangeira.
d) da agricultura e da indústria estrangeiras.
e) dos produtores de todos os países.

RESPOSTA: C
Na metade do século XIX a Inglaterra era, efetivamente, o único país industrializado e em condições de desenvolver um comércio em nível mundial, adotando a discurso liberal, como forma de ampliar os mercados para seus produtos.

80) “Há oitenta anos, a Rússia era forte por causa do dinamismo revolucionário do comunismo, incluindo o poder de atração da sua ideologia. Há quarenta anos, a Rússia Soviética era forte por causa do poderio do Exército Vermelho. Hoje, a Rússia de Putin é forte por causa do gás e do petróleo.”
Timothy Garton Ash, historiador inglês, janeiro de 2007.
Do texto, depreende-se que a Rússia
a) manteve inalterada sua posição de grande potência em todo o período mencionado.
b) recuperou, na atualidade, o seu papel de país líder da Europa.
c) conheceu períodos de altos e baixos em função das conjunturas externas.
d) passou de força política, a força militar e desta, a força econômica.
e) conservou, sempre, a sua preeminência graças ao incomparável poderio militar.

RESPOSTA: D
A questão aborda três momentos diferentes na história da União Soviética / Rússia e pode ser respondida a partir dos elementos destacados no próprio texto, um elemento político, “o dinamismo revolucionário do comunismo”, um elemento militar, “o poderio do exército vermelho”, e sua força econômica “por causa do gás e do petróleo”.

Respostas dos professores Claudio Recco e Hélio Moreti para o ALFERES VESTIBULARES de S Paulo.

Veja a prova da 2ª. Fase da Fuvest

Questões variadas de História

13- As revoluções burguesas localizadas entre o final do século 17 e o final do século 18 foram fundamentais para que o Sistema Capitalista criasse condições políticas para o seu pleno desenvolvimento na Europa Ocidental. Entre as alternativas abaixo indique a mais significativa revolução burguesa do final do século 18

a) Revolução Gloriosa
b) Revolução Francesa
c) Revolução dos Cravos
d) Revolução dos Boxers
e) Revolução Cultural
Resposta: B
Resolução: Das alternativas apresentadas, duas (Gloriosa e Francesa) podem ser consideradas como revoluções burguesas e se enquadram no período descrito; e apenas uma, a Revolução Francesa, ocorreu no final do século 18, eliminando o Antigo Regime no país.


14- A colonização portuguesa no Brasil perdurou quase 300 anos. A forma de colonização foi denominada pela historiografia como Antigo Sistema Colonial. Entre as alternativas abaixo assinale as características desse sistema.

a) Escravidão, produção para o consumo interno e minifúndios
b) Trabalho assalariado, produção industrial e exportação
c) Escravidão, agroexportação e latifúndio
d) Trabalho assalariado, agroexportação e latifúndio
e) Escravidão, produção industrial e exportação
Resposta: C
Resolução: O Antigo Sistema Colonial foi imposto pela metrópole a colônia pelo pacto colonial e possuía uma estrutura básica, formada pelo latifúndio, monocultura, voltada para exportação (exclusivamente para a metrópole ou segundo seus interesses) e trabalho escravo.



15- O final da Ditadura Militar no Brasil (1964/1985) foi marcado por um movimento popular e político-partidário que aglutinou diversas forças políticas durante o seu processo. Foi um movimento que levou milhares de pessoas às ruas conclamando a redemocratização do Brasil, Assinale entre as alternativas abaixo o nome desse movimento.

a) Movimento dos "Cara Pintada"
b) Movimento pelas Diretas-Já
c) Greves do ABC paulista
d) Guerra de Canudos
e) Revolta da Armada
Resposta: B
Resolução: Desde o final de 1983 se iniciou um movimento para a realização de eleições diretas para Presidente da República no Brasil, que pretendia ampliar a idéia de redemocratização. No ano anterior os governadores estaduais haviam sido eleitos pelo voto direto. Em 1984 esse movimento se ampliou e envolveu diversos partidos políticos e várias entidades da sociedade civil, apoiando uma Emenda Constitucional que possibilitaria as eleições presidenciais.



16- A sociedade Feudal é considerada uma sociedade estamental, profundamente marcada pelo domínio da nobreza rural européia que, além de dominar os meios de produção, detinha o poder político.
Sobre a sociedade feudal é correto afirmar que era basicamente dividida entre

a) senhores e servos.
b) patrícios e plebeus.
c) burguesia e proletariado.
d) clero e servos.
e) democratas e conservadores.
Resposta: A
Resolução:Existem duas visões nos livros de história sobre a sociedade feudal, uma a considera dividida em duas classes antagônicas - senhores feudais e servos. Outra, considera a existência de três camadas, incluindo o clero como uma camada intermediária. Vale lembrar que, apesar de características peculiares, o clero era formado por homens de origem nobre (alto clero) ou de origem servil (baixo clero).

A Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial

Pré-História-Trô-Integrado-1º ano

O período que vai do aparecimento do homem ate o aparecimento da escrita chama-se PRÉ-HISTÓRIA.

Durante todo esse período , o homem foi acumulando conhecimentos e aperfeiçoando seus instrumentos; aprendeu a produzir e a utilizar o fogo ; desenvolveu formas de expressão oral ; com a agricultura, ele tornou-se sedentário.

Devida a ausência de documentação escrita sobre o período pré-histórico, seu conhecimento nos e dado pela a analise de seus vestígios deixados nas cavernas e nas regiões ocupadas pelo homem daquela época, instrumentos, armas, restos de alimentos, etc. Os historiadores não conseguem sequer determinar o local que serviu de berço para a espécie humana.

Acredita-se, porém, a região do sul da Ásia ou a África central.

A evolução cultural do homem não se processou ao mesmo tempo e no mesmo grau em toda a terra.

Costuma-se dividir a pré-história nos seguintes períodos: PALEOLÍTICO e NEOLÍTICO.



PALEOLÍTICO:

O primeiro período da pré-história denomina-se paleolítico ou idade da pedra lascada.

Inicia-se com o aparecimento do homem e termina com a revolução agrícola.

As principais características desse período são:

-Homem com aparência simiesca.

-Instrumentos rudimentares feitos de pedra lascada.

-Habitavam as copas das arvores ou as cavernas.

-Conheciam o fogo mas não faziam uso dele.

-Arte pouco desenvolvida.

-Havia preocupação com os mortos.



NEOLÍTICO:

Denomina-se neolítico o período compreendido entre o aparecimento da agricultura e o aparecimento da escrita.

E impossível determinar cronologicamente o inicio e o termino desse período, já que, como vimos, a evolução cultural da humanidade não se processou de maneira uniforme. Ainda hoje perduram culturas neolíticas. Entre elas , podemos citar a dos papuas , que vivem na Nova Guine.

A passagem do paleolítico para o neolítico dá-se através da revolução agrícola. O homem, começando a praticar a agricultura, deixa de ser coletor para ser produtor de alimentos. Com isso, consegue exercer maior domínio sobre o meio do que qualquer dos seus predecessores.

O cultivo da terra gerou varias transformações na vida da humanidade. Enquanto no paleolítico os povos eram nômades , isto e, andavam a procura de alimentos, no neolítico adquiriram condições de sedentarização, pois a passagem para produtor lhes garantia uma forma muito mais segura de sobrevivência. Alem disso, obtiveram a possibilidade de estocar alimentos. Essa nova situação traz como conseqüência a melhora do padrão de vida da humanidade, a diminuição da mortalidade, e um aumento muito mais rápido de população .

Se no período paleolítico , o homem como coletor, habitava as cavernas , agora, no neolítico como produtor, procura morar próximo aos lugares mais férteis. Constrói, então, habitações nas margens de rios e lagos, denominadas palafitas.

Outra conseqüência da agricultura e o aparecimento da divisão do trabalho .

Enquanto o homem pratica a caça e a pesca, a mulher fica reservado o papel de plantar e colher alimentos. Gradativamente , e introduzida a atividade do pastoreio, com a finalidade de abastecimento e tração.

Pode-se destacar ,ainda, como características desse período :

-Invenção da roda.

-Cerâmica.

-Invenção de barcos.

-Instrumentação da pedra polida.

No final do período , inicia-se a utilização dos metais. Numa primeira fase, usa-se o cobre como era encontrado na natureza . Em seguida , aparecem técnicas de fundição, que levaram a obtenção de metais mais resistentes. Conseguia-se obter o bronze através da liga de cobre e estanho e funde-se o ferro .Com isso , confeccionaram-se instrumentos mais perfeitos.

Com o correr do tempo , as técnicas foram se aperfeiçoando . As construções tornaram-se mais diferenciadas e, na agricultura, iniciou-se a irrigação do solo.

Quando o homem criou a escrita, iniciaram-se os tempos históricos. Foi possível , então, uma reconstrução sistemática da historia.


PINTURAS:

As pinturas em cavernas, são repletas de cenas do cotidiano dos brasileiros primitivos referentes ao trabalho, a guerra ,ao desenvolvimento etc. Expressam toda a sensibilidade humana face a realidade. As primeiras impressões de nossos antepassados sobre o mundo, bem como, a necessidade humana de comunicar-se com o próximo daquela época e com o próximo que ainda estaria para vir. Isto acontece a cada visão, a cada toque nos objetos primitivos, porque assim e estabelecido um elo entre aqueles primeiros brasileiros e os brasileiros de hoje.

Pré-História

Pré-História

Geopolítica do Oriente Médio

Geopolítica do Oriente Médio

História do Egito Antigo - Os Egípcios

História do Egito Antigo - Os Egípcios

EGITO - informações do Egito Atual, mapa do Egito, bandeira, economia, geografia

EGITO - informações do Egito Atual, mapa do Egito, bandeira, economia, geografia

Antigo Egipto - Wikipédia

Antigo Egipto - Wikipédia

sexta-feira, 28 de março de 2008

História de Roma - Wikipédia

História de Roma - Wikipédia

CeCAC - Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho

CeCAC - Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho

Videoteca do CeCAC

Videoteca do CeCAC

La noche de los lapices

La noche de los lapices

Poema de Pablo Díaz

Poema de Pablo Díaz

NOCHE DE LOS LAPICES SITIO GUSTAVO CARBONELL

NOCHE DE LOS LAPICES SITIO GUSTAVO CARBONELL

La noche de los lapices

La noche de los lapices

terça-feira, 25 de março de 2008

Folha Online - Mundo - Veja cronologia do conflito entre israelenses e palestinos - 15/03/2007

Folha Online - Mundo - Veja cronologia do conflito entre israelenses e palestinos - 15/03/2007

Conflito Israel x Palestina - Passeiweb

Conflito Israel x Palestina - Passeiweb

História do Israel e da Palestina

História do Israel e da Palestina

A Palestina

A Palestina

Al-Qaeda - Wikipédia

Al-Qaeda - Wikipédia

Mudança de nome

Mudanças de nomes
Cidades, estados e países mudaram de nome. Um bom exemplo é São Petesburgo, cidade construída pelo czar Pedro, o Grande, na Rússia. Mudou para Petrogrado em 1914, depois para Leningrado em 1924. Voltou a se chamar São Petesburgo somente em 1991. Istambul, na Turquia, tmabém já se chamou Bizâncio e Constantinopla. O Congo, na época em que estava sob o domínio do tirano Mobuto, virou Zaire. Depois, voltou a se chamar Congo. Veja outros exemplos:

Cidades

Nome atual
Nome antigo

Beijing (China)
Pequim

Cantão (China)
Guangzhou

Cidade do México (México)
Tenochtitlán

Gdansk (Polônia)
Dantzig

Florianópolis
Nossa Senhora do Desterro

Ho Chi Minh (Vietnã)
Saigon

Hong Kong (China)
Xianggang

Nanquim (China)
Nanjing

Nova York (EUA)
Nova Amsterdã

Oslo (Noruega)
Christiania

Rondônia
Guaporé

Tóquio (Japão)
Yedo


Países

Nome atual
Nome antigo

Belize
Honduras Britânicas

Benin
Daomé

Burkina
Alto Volta

Djibuti
Somália Francesa

Etiópia
Abissínia

Gana
Costa do Ouro

Irã
Pérsia

Lesoto
Basutolândia

Malawi
Niasalândia

Mianma
Birmânia

Sri Lanka
Ceilão

Tailândia
Sião

Tanzânia
Tanganiica e Zanzibar

Vietnã
Indochina








TV CURIOSO
Marcelo Duarte mostra curiosidades sobre o Zoológico de São Paulo

Veja as entrevistas anteriores




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domingo, 23 de março de 2008

Questóes de multipla escolha-História Quimica Integrada

Questões de multipla escolha
História
01. Muitos historiadores discutem, ainda hoje, a
cientificidade do conhecimento histórico; a questão
está longe de ser resolvida sem conflitos. Sobre esta
discussão é incorreto afirmar que:
A) a História pode ser tratada como ciência na
medida em que se utiliza de metodologia
científica e tem um objeto de estudo que lhe é
característico.
B) como argumento contrário à cientificidade da
História se inclui o seu pequeno grau de
generalização.
C) os positivistas defendem a cientificidade da
História a partir da ligação indissolúvel entre o
documento e o fato.
D) há quem afirme que a História é uma ciência em
construção, criando seus próprios métodos a
partir de outras ciências.
E) a cientificidade da História se evidencia no uso
constante do método experimental para análise
dos fatos passados.
02. O fato histórico é o objeto do conhecimento histórico,
também chamado de evento pelo historiador Paul
Veyne, representa o foco de pesquisa, estudo e
reflexão. Sobre o fato histórico, é incorreto afirmar
que:
A) é passível de ser repetido, na medida em que é
também um fato social, o fato histórico pode ser
analisado inúmeras vezes.
B) por ter simultaneamente várias causas, o fato
histórico possui complexidade.
C) não existem fatos históricos sem conseqüências
sobre o presente: a mudança e a transformação
acompanham o processo histórico.
D) a irreversibilidade significa a impossibilidade de
se alterar o fato histórico.
E) a singularidade é uma das características do fato
histórico
03. O tempo é um referencial indispensável para o
historiador; pode se dizer que História é o “estudo dos
fatos passados vistos numa sucessão temporal”.
Sobre o tempo histórico é possível afirmar que:
A) o conceito de tempo histórico se confunde com o
conceito de tempo físico.
B) Santo Agostinho trabalhou a concepção de tempo
como a da organização da memória através da
existência dos indivíduos.
C) os fatos históricos se repetem; por isso, o tempo
não é tão importante na análise dos fatos
históricos.
D) os gregos tinham uma noção linear do tempo
histórico e assim, para eles, não haveria
mudanças significativas na História.
E) foram os historiadores cristãos que
desenvolveram a noção de tempo cíclico para a
História.
04. Muito se tem falado da interdisciplinaridade que deve
existir entre as ciências. Em relação à História esta
interdisciplinaridade se efetua conforme se lê abaixo,
exceto na alternativa.
A) A Geografia ajuda o historiador a localizar o fato
no espaço físico e a influência deste espaço no
evento histórico
B) A História, como todas as outras ciências, está
subordinada ao conhecimento matemático sem o
qual seria impossível compreender as mudanças
estruturais do processo histórico.
C) A Política organiza o poder e o historiador usa
conceitos políticos para investigar a origem do
Estado e das formas de governo.
D) A Economia quantifica os fenômenos de
produção de uma sociedade, ajudando os
historiadores a caracterizarem os modos de
produção.
E) A Filosofia auxilia o historiador a desenvolver
métodos e visão crítico-interpretativa.
05. Certos conhecimentos estão de tal modo associados à
História que fazem parte integrante do arsenal cultural
do historiador. Sobre as disciplinas auxiliares da
História pode se firmar que:
A) a numismática estuda a origem dos números e,
com eles, o nascimento da escrita.
B) a diplomática estuda os documentos produzidos
a partir do surgimento das universidades
medievais.
C) a epigrafia estuda as escritas antigas apostas em
materiais duráveis como cerâmica ,madeira ,
metal, pedra.
D) a heráldica estuda as eras históricas e, por
extensão todas as divisões temporais para
repartir o processo histórico.
E) a sigilografia descreve a tradução dos segredos
que encobriam determinados fatos históricos.
06. Ao longo dos séculos, historiadores escrevem sobre o
passado. Sobre este assunto, se ocupa a
historiografia, que:
A) estuda as origens dos fatos históricos e a
influência do pensamento sofista entre os
historiadores.
B) critica os historiadores que buscaram explicações
religiosas para os fatos históricos, desprezando
os textos escritos por tais autores.
C) concorda com a idéia segundo a qual os homens
são iguais em todas as épocas e produzem
sempre a mesma história.
D) analisa a obra dos vários historiadores e procura
compreendê-la à luz do tempo em que foi escrita
e o conjunto de determinantes e variáveis que
nela influíram.
E) discorda da análise temporal das obras
historiográficas, enfatizando as narrativas míticas
e personalistas.
07. A historiografia clássica tem como duas características
marcantes:
A) o teocentrismo mítico e o ceticismo moderado.
B) a noção de tempo cíclico e a valorização dos
eventos políticos.
C) o racionalismo dogmático e o hedonismo
mitigado.
D) o atemporalismo cronológico e idealismo
metafísico.
E) a luta de classes e as transformações
econômicas.
08. Na historiografia medieval:
A) houve um desprezo acentuado pela visão
teocêntrica de mundo privilegiando-se o
agnosticismo.
B) valorizou-se excessivamente o antropocentrismo
como forma de superar a influência do papado na
cultura.
C) a visão teocêntrica dominou as obras, se bem
que alguns autores buscariam um viés racional
para os acontecimentos.
D) foi alcançado o equilíbrio entre o poder temporal
e o espiritual, de forma que o papa estava
submetido à nobreza feudal.
E) buscava-se meio - termo entre a fé e a razão,
ainda que esta última dominasse a temática
histórica.
09. Os marxistas trouxeram inúmeras contribuições para
os estudos historiográficos do século passado e do
século atual. Assim é incorreto dizer que:
A) o materialismo histórico representaria o conjunto
de transformações ocorridas no meio social.
B) o materialismo dialético baseia-se na concepção
de contradição e superação entre partes .
C) a luta de classes contrapõe explorados e
exploradores dentro do contexto econômico.
D) a criação de um estado proletário se daria a partir
de uma luta armada iniciada pela burguesia
contra seus opressores.
E) a ideologia seria o cimento que uniria, através de
concepções abstratas a sociedade.
10. Das afirmativas abaixo, uma não é tendência na
historiografia contemporânea (1930-...).
A) A historiografia organicista, de Splenger e de
Toynbee, descrevendo o processo histórico de
forma evolutiva.
B) A Escola dos Annales, com Bloch, Febvre,
insistindo na interdisciplinaridade e na criação de
uma História aberta a outras ciências.
C) A Nova História com a valorização das
mentalidades, a concepção de micro-história e de
gênero.
D) A valorização da História Oral e da cultura
popular como fonte para a História dos
Oprimidos.
E) A Escola Heróica, atribuindo ao personagem, ao
herói histórico, a autoria e o desencadear do
processo histórico.
11. Sobre alguns aspectos relacionados à evolução do
Homo Sapiens, analise as proposições a seguir:
1) O trabalho desempenhou um papel fundamental
no processo de transformação do primata em
homem.
2) As principais características do homem são: a
postura ereta, os braços livres e as mãos
prensoras, o cérebro pensante, a linguagem
articulada e a visão de focalização penetrante.
3) A passagem da economia coletora para a
economia produtora assinalou a transição do
Neolítico para o Paleolítico.
Está(ão) correta(s):
A) 1 apenas
B) 1 e 2 apenas
C) 1 e 3 apenas
D) 2 e 3 apenas
E) 1, 2 e 3
12. Entre as principais transformações ocorridas no
período neolítico destacam-se:
A) a economia coletora, a organização em bandos, a
descoberta do fogo.
B) o desenvolvimento da metarlugia e o surgimento
das cidades baseadas na indústria e no
comércio.
C) o desenvolvimento da agricultura e da
domesticação dos animais, a previsibilidade na
produção de alimentos, o surgimento da
propriedade privada e das classes sociais.
D) os artefatos de pedra lascada, o culto aos mortos
e a magia simpática.
E) o aparecimento da Australopitecus e do
Pitecantropus erectus.
13. São características da Idade dos Metais:
A) a economia produtora baseada na agricultura e
no pastoreio.
B) a fabricação de instrumentos de pedra polida.
C) a economia natural, baseada na coleta, na caça e
na pesca.
D) a formação dos clãs, aldeias e tribos
E) a desenvolvimento da metalurgia e o surgimento
das cidades.
14. Assinale a alternativa correta sobre a idéia de que a
História inicia-se com a invenção da escrita, sendo o
período anterior denominado de Pré-História.
A) Esta afirmação não encontra qualquer
contestação por parte dos historiadores, que
acreditam que todas as culturas evoluem para a
escrita.
B) A História e a Pré-História só podem se
diferenciar pelo critério da escrita. Logo, aqueles
historiadores que não concordam com este
critério estão presos a uma visão teológica da
história.
C) A escrita não pode ser considerada como critério
para distinguir a Pré-História da História, pois o
aspecto econômico é considerado um critério
muito mais importante.
D) Os historiadores que defendem a escrita como
único critério que diferencia a pré-história da
história, reafirmam a tradição positivista da
história.
E) Os únicos historiadores que defendem a escrita
como critério são os franceses, em razão da
influência da filosofia iluminista.
15. Sobre o surgimento da agricultura e seu uso intensivo
pelo homem, pode-se afirmar que:
A) foi posterior, no tempo, ao aparecimento do
Estado e da escrita;
B) ocorreu no Oriente Próximo (Egito e
Mesopotâmia e daí se difundiu para a Ásia (índia
e China), Europa e, a partir desta, para a
América;
C) como tantas outras invenções, teve origem na
China, de onde se difundiu até atingir a Europa e,
por último, a América;
D) ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente
Próximo (Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia e
China) e na América (México e Peru).
E) de todas as invenções fundamentais, foi a que
menos contribuiu para o ulterior progresso
material do homem
16. Sobre as civilizações orientais é incorreto afirmar que:
A) as atividades artísticas, literárias e científicas dos
povos orientais caracterizaram-se por sofrer
influência dominante da religião e do Estado.
B) uma das grandes contribuições dos
mesopotâmicos para as civilizações futuras foi a
criação de um sistema de leis conhecido como
Código de Hamurabi.
C) as primeiras civilizações orientais legaram para a
humanidade a instituição do Estado.
D) a estreita ligação entre o poder político e a
religião foi uma característica constante entre a
maioria dos povos orientais.
E) as primeiras civilizações surgiram às margens do
mar Mediterrâneo.
17. Parte da geração da riqueza do Nilo estava ligada às
enchentes do rio Nilo, que propiciavam uma excelente
agricultura na época da vazante. Todas essas terras
que margeavam os rios eram:
A) divididas em pequenos lotes e vendidas aos
camponeses.
B) de propriedade do Estado
C) cultivadas pelos sacerdotes
D) grandes propriedades pertencentes à nobreza
egícia
E) formadas por pequenas propriedades
pertencentes aos felás
18. Sobre a economia do Egito Antigo, podemos afirmar
que:
A) foi organizada a partir da existência de
propriedade privada
B) a criação de gado e a mineração eram as
principais atividades econômicas egípcias.
C) havia profunda intervenção do Estado na
organização da produção.
D) o comércio era altamente desenvolvido, devido à
facilidade de comunicação com o exterior.
E) a proximidade com o mar Mediterrâneo permitiu
aos egípcios desenvolverem o comércio
marítimo.
19. Quanto aos fenícios pode-se afirmar:
A) caracterizavam-se pelo militarismo e
expansionismo.
B) constituíram a única civilização monoteísta do
Oriente Antigo.
C) possuíam unidade política e um Estado
centralizado.
D) organizavam-se em cidades-estados autônomas.
E) sua economia era basicamente agrícola e
pastoril.
20. Entre os povos do Oriente Médio, os hebreus foram os
que mais influenciaram a cultura da civilização
ocidental, uma vez que o cristianismo é considerado
como uma continuação das tradições religiosas
hebraicas: A partir do exposto, assinale a alternativa
incorreta.
A) Originários da Arábia, os hebreus constituiram
dois reinos: o de Judá e o de Israel, na Palestina.
B) As guerras geraram a unidade política dos
hebreus. Esta unidade se firmou primeiro em
torno dos juízes e, depois, em volta dos reis.
C) Os profetas surgiram na Palestina por volta dos
séculos VIII e VII a.C. quando ocorreu uma onda
de protesto dos trabalhadores contra os
comerciantes.
D) A religião hebraica passou por diversas fases,
evoluindo do politeísmo ao monoteísmo difundido
pelos profetas.
E) Os hebreus se organizaram social e
economicamente com base na propriedade da
terra, o que deu início à diáspora.
21. Sobre as transformações econômicas ocorridas na
Península Ibérica com a colonização romana, assinale
a alternativa incorreta.
A) As comunicações e o comercio foram melhorados
com a construção de estradas pelos romanos na
Península Ibérica.
B) Cinco estradas principais foram complementadas
com estradas secundárias para facilitar a
comunicação com os lugares mais afastados da
‘Hispania’ romana.
C) Desde o século II, o triunfo do campo sobre as
cidades converteu as vilas nos pulmões da nova
ordem econômica na Península Ibérica.
D) Carteia, porto conhecido dos antigos escritores
gregos viveu uma transformação urbanística com
a chegada de colonos romanos no século II.
E) O vale do Ebro foi uma das regiões menos
romanizada da ‘hispania’ devido a forte presença
grega.
22. São províncias romanas criadas na Península Ibérica
no século I a.C:
A) a Hispania Citerior e a Hispania Ulterior;
B) a Galícia e a Lusitânia;
C) a Tarraconensis e a Lusitânia;
D) a Bética e a Lusitânia;
E) a Hispania e a Bética
23. Diferentes povos viviam na Península Ibérica antes da
invasão e colonização romana. Marque abaixo a
alternativa que não diz respeito a povos existentes na
Península Ibérica antes da presença romana.
A) Celtas e Cantábricos,
B) Galaicos e Astures;
C) Etones e lusitanos;
D) Visigodos e Celtíberos;
E) Titos e Belos.
24. Reinos medievais na Península Ibérica mantiveram
suas fronteiras com base em guerras, políticas de
alianças e conflitos. Sobre os domínios de Leovigildo
na Península, é correto afirmar que:
A) foi o mais poderoso rei dos suevos na península
do século IIII.
B) fez parte do poderoso reino dos francos com
domínios na península.
C) o reino visigodo de Leovigildo se estendeu de
Toledo até regiões do Norte e do Sul da
Península Ibérica.
D) durante a Idade Media, foi o reino com menor
quantidades de terra de toda a Península.
E) seus domínios limitavam-se à região dos montes
Cantábricos. Estes localizados ao Norte da
península, onde os romanos dominaram.
25. Sobre Al Andaluz, termo que designa a província
islâmica na Península Ibérica, é correto afirmar que:
A) foi a primeira província islâmica localizada ao
norte da península.
B) foi uma região de muitas lutas desde o inicio da
conquista islâmica da península.
C) corresponde a região onde só viviam árabes,
berberes e judeus.
D) era uma das regiões pobres do período medieval
devido a falta de atividades econômicas que a
desenvolvesse.
E) tratava-se de um província islâmica onde o poder
sempre esteve em mãos de mozárabes.
Postado por Anita Leocadia às 18:44 0 comentários