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Feliz Natal

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Brasil

O massacre do Cerro de Porongos
Uma promessa de liberdade em vão

Extraído de: Ana Paula Comin de Carvalho

Apesar de omitidos pela maior parte da historiografia tradicional, os negros desempenharam papel fundamental para as forças rebeldes farroupilhas durante o conflito com o Império. Estima-se que eles tenham, durante essa revolução, composto de um terço à metade do exército rebelde.

Eles foram integrados às fileiras farroupilhas em duas divisões, uma de cavalaria e outra de infantaria, criadas respectivamente em 12 de setembro de 1836 e em 31 de agosto de 1838, denominadas de Corpos de Lanceiros Negros, sendo compostas por negros livres e escravos libertados pela República sob a promessa de lutarem nas fileiras de seu exército.

Antes mesmo da criação desses corpos, os negros já haviam desempenhado destacado papel em conflitos como a tomada de Porto Alegre, em setembro de 1835, e de Pelotas, em abril do ano seguinte.

Negros livres e alforriados, juntamente com índios, mestiços e escravos fugidos do Uruguai contribuíram com a causa farroupilha não somente como soldados, mas também trabalhando como tropeiros, mensageiros, campeiros, na fabricação de pólvora e nas plantações de fumo e erva-mate cultivadas pelos rebeldes.

Na madrugada de 14 de novembro de 1844, no Cerro de Porongos, então município de Piratini, atualmente pertencente à cidade de Pinheiro Machado, ao sul do estado do Rio Grande do Sul, parte de um dos corpos de lanceiros negros foi dizimada pelas tropas imperiais. Esse episódio recebeu diversas denominações: “Surpresa”, “Batalha”, “Massacre” ou, ainda, “Traição de Porongos”.

A morte dos guerreiros negros nesse evento gerou uma acalorada controvérsia entre os historiadores e estudiosos que se debruçaram sobre o tema da Revolução Farroupilha que tem continuidade até os dias de hoje.




Texto de: Ana Paula Comin de Carvalho.
Em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fchf/article/viewFile/1018/1214

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Lanceiros Negros
Texto de O Boletim Eletrônico NEPAE - NESEN (BNN)

Na madrugada de 14 de novembro de 1844, iniciava o massacre de 600 a 700 negros que engrossaram as fileiras do Exército Farroupilha com a promessa de liberdade.

Numa carta do barão de Caxias destinada ao coronel Francisco Pedro de Abreu foram dadas as ordens para o genocídio.

"No conflito poupe o sangue brasileiro quanto puder, particularmente da gente branca da Província ou índios, pois bem sabe que essa pobre gente ainda pode ser útil no futuro", registra o documento.

No acampamento, o general Davi Canabarro ordenava naquela noite o desarmamento dos Lanceiros Negros sob a alegação de um suposto motim. Sem a oportunidade de defesa, o grupo foi exterminado pelas tropas imperiais.

Era a Surpresa de Porongos, que há décadas vem sendo discutida pelo movimento negro e agora passa a ser reescrita na história oficial.

Fonte: Afronotícias no. 203,
in: O Boletim Eletrônico NEPAE - NESEN (BNN),
v. 6, n. 72, 19/11 a 04/12/2004.


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O documento
Capturado de: Boletim Semanal do Sintrajufe RS
nº 197, de 23 de set. a 7 de out. de 2004.



Carta de Porongos


A “Carta de Porongos”, que se encontra no Arquivo Histórico do RS e foi reproduzida no www.gtnegros.org. O documento enviado pelo então barão Caxias ao general David Canabarro em tese comprova a traição aos lanceiros negros, ocorrida na Batalha no Cerro de Porongos durante a Revolução Farroupilha. Fonte: www.sintrajufe.org.br/.../132/tliga_197.htm

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Porongos: surpresa ou massacre?
Texto de: Diário Popular Via Internet

O Cerro dos Porongos é um lugar pálido em setembro, quando os campos estão desbotados pelo inverno e o gado está espalhado, dividido em pequenos grupos nos poucos lugares onde o pasto surge mais úmido.

Do alto da colina é possível enxergar os campos que se estendem até onde a vista alcança. Na madrugada de 14 de novembro de 1844, entretanto, a sentinela das tropas farrapas não percebeu o avanço da cavalaria do coronel Francisco Pedro de Abreu, o Moringue. Antes que a manhã acabasse, o acampamento havia sido dizimado e os corpos de cem farrapos — 80 deles integrantes do 1º Corpo de Lanceiros Negros — recobriam o cerro e os campos a sua volta.

O combate de Porongos é, talvez, a história mais controversa de toda a Revolução Farroupilha. Até hoje historiadores e pesquisadores tentam responder se houve ou não traição nas coxilhas de Pinheiro Machado. O grupo que defende a tese da não-traição refere-se ao episódio como “A Surpresa de Porongos”. Enquanto os que acreditam que o general David Canabarro entregou intencionalmente seus lanceiros às espadas de Moringue, chamam o combate de “O Massacre de Porongos”.



O COMBATE

Comandantes:

Bento Gonçalves (F) x Soares Paiva (I)

Farroupilhas x Imperiais

Mortos: 100

Feridos: 4

Prisioneiros: 0

Diário Popular Via Internet, A Revolução: 1835. Disponível em: http://www.diariopopular.com.br/farrapo/pag5.html

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Memorial dos Lanceiros Negros

A conscientização da nossa história, a admissão
e a manifestação de cada um de nós sobre o ocorrido
são fatores importantes para que sigamos em frente de forma saudável.



O Concurso Público Nacional de Arquitetura para Monumento em Porto Alegre, em abril de 2006, concedeu o título de menção honrosa ao projeto paulista dos arquitetos Candi Hirano, Dani Hirano, Danilo Ribeiro Cardoso Terra e Juliana Assali Terra, recebeu , no Concurso Nacional Lanceiros Negros.


Menção honrosa

O principal objetivo do projeto para o Memorial dos Lanceiros Negros, foi conceituar a diáspora histórica na correção ética e na verdadeira magnitude da civilização contemporânea.

Os arquitetos que acreditam ser necessária a redenção dos Lanceiros Negros perante a consciência nacional e universal, tomaram esse fato como meta para o seu trabalho.

“Sintetizar numa unidade as diferentes escalas e contextos é um desafio e privilégio para a Arquitetura. O Cerro de Porongos foi o epicentro dos episódios derradeiros da Revolução Farroupilha cuja traição e massacre necessita de urgente reparação em tributo aos afro-descendentes e a todos os movimentos sociais, de justiça e direitos humanos — um libelo pela Liberdade”*.

O primeiro colocado do concurso foi o projeto de outra equipe paulista liderada pelo arquiteto Euclides de Oliveira e formada pelo paisagista Sidney Linhares e pelos arquitetos Dante Furlan e Carolina de Carvalho.


1º colocado

* www.vitruvius.com.br/.../inst138/inst138_04.asp

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