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Feliz Natal

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Antiguidade

Antiguidade
4000 a.C.

O marco da Antiguidade é o surgimento da escrita. O primeiro sistema de escrita, o pictográfico, aparece na Mesopotâmia (atual Iraque) e utiliza pequenos desenhos simplificados (pictogramas) para representar a realidade.

3250 a.C.-1950 a.C.

Os sumérios instalam-se no sul da Mesopotâmia. Colonizam o vale do rio Eufrates e dão origem às primeiras cidades-estados do Crescente Fértil: Ur, Uruk, Eridu, Nippur, Kish e Lagash . Estabelecem técnicas de irrigação e drenagem do solo, constroem canais, diques e reservatórios. Criam a escrita cuneiforme - gravação de figuras com estilete sobre tábua de argila, fazem cerâmica e escultura de pedra e metal. Utilizam templos de elaborada arquitetura como centro político, econômico e religioso.
Politeístas, cultuam divindades da natureza e deuses associados aos sentimentos. Em 2300 a.C. os sumérios são dominados pelos acadianos. Recuperam o poder em 2050, mas são derrotados pelos amoritas (povo semita do norte) e pelos elamitas (originários da Pérsia).

3200 a.C.

Início da civilização egípcia com a unificação das cidades-estados habitadas por tribos nômades no vale do rio Nilo. É instituída uma monarquia centralizada na figura do faraó, soberano com poder absoluto e hereditário e considerado a encarnação divina. A agricultura, impulsionada pela irrigação, e o comércio de produtos primários são a base da economia. Politeístas, os egípcios cultuam dezenas de deuses, entre eles Atum, Osíris e a Novena de Heliópolis Realizam grandes avanços na área das ciências. Lançam os fundamentos da geometria e do cálculo; traçam mapas celestes; situam os pontos cardeais; e elaboram um calendário solar cujos princípios permanecem válidos até hoje. Para medir os períodos de inundações do Nilo, inventam os relógios de sol e de água. Criam a escrita hieroglífica (em ideogramas figurativos) decifrada após o estudo da pedra de Roseta, descoberta em 1799. Também desenvolvem a técnica de mumificação dos corpos e são os principais construtores da Antiguidade, como atestam as monumentais pirâmides de Gizé e os templos de Karnak e de Luxor. A conquista persa, em 525 a.C., põe fim ao Egito independente. Em 332 a.C. passa a integrar o Império Macedônico e, a partir de 30 a.C., o Império Romano.

3000 a.C.-146 a.C.

Povo de origem semita da costa norte do mar Vermelho (atual Líbano), os fenícios vivem em cidades-estados independentes, como Ugarit, Biblos, Sídon e Tiro, governadas por um rei indicado pelas famílias mais poderosas. Criam um alfabeto, posteriormente modificado pelos gregos, que dá origem ao alfabeto latino. Sua religião é politeísta, com cultos e sacrifícios humanos.
Célebres pelo comércio marítimo, desenvolvem técnicas de navegação e de fabricação de barcos. Estabelecem várias colônias na costa mediterrânea que servem de entrepostos comerciais, como a cidade de Cartago, no norte da África. Sua conquista pelos romanos marca o fim da hegemonia fenícia.

2600 a.C.-1450 a.C.

Descendentes de povos heterogêneos (sobretudo arianos), os cretenses formam vilas portuárias, entre as quais Cnossos e Maliá, na ilha de Creta. Praticam um ativo comércio marítimo de produtos manufaturados com o Egito e Estados do Oriente Médio, base da economia. Trabalham na metalurgia do bronze e do ouro e constroem grandes palácios, como o de Cnossos - onde, segundo a lenda, fica o labirinto habitado pelo minotauro. Em sua organização social há pouca distinção entre classes e igualdade de direitos entre mulheres e homens. Os cretenses dedicam-se ao afresco, à cerâmica, aos esportes e à dança. Cultuam deuses humanos e animais e utilizam dois tipos de escrita pictográfica em placas de argila. São conquistados pelos aqueus em 1450 a.C.

2400 a.C.-2180 a.C.

Os acadianos ocupam o norte da Mesopotâmia e dominam os sumérios, enfraquecidos por guerras internas.
Originários de tribos semitas, os acadianos aperfeiçoam a arte militar, com tropas de grande mobilidade no deserto e armamentos leves, como o venábulo (lança). Sob o reinado de Sargão, unificam as cidades-estados sumérias, inaugurando o I Império Mesopotâmico, que chega ao fim após as invasões dos gutis, povos asiáticos das montanhas da Armênia.

2000 a.C.

A migração de povos nômades de origem indo-européia para a região dos Bálcãs (como aqueus, jônios, eólios e dórios) dá origem à civilização grega. A partir do século VIII a.C. surgem as cidades-estado com instituições políticas, organização social e divindades protetoras próprias. As principais são Atenas (democrática e comercial) e Esparta (oligárquica e agrícola). A mão-de-obra escrava é utilizada em todos os setores da economia, baseada no comércio marítimo.
Também importante é o cultivo de oliveiras, trigo e videiras. Os gregos criam as Olimpíadas, desenvolvem a filosofia, a dramaturgia, a poesia, a história, as artes plásticas, a arquitetura e a narrativa mitológica - entre elas a Teogonia, principal fonte sobre a origem e história dos deuses gregos . Dedicam-se ao estudo das ciências, como astronomia, física, química, medicina e geometria.

2000 a.C.

A chegada dos hebreus à Palestina (chamada de Canaã, a Terra Prometida por Deus), sob a liderança do patriarca Abraão, marca o início da civilização hebraica. Os hebreus criam a primeira religião monoteísta da história, o
judaísmo. Destacam-se ainda na literatura, contida em parte na Bíblia e no Talmude.

1750 a.C.

Os arianos invadem o norte da Índia e dominam o povo local, os dravidianos, dando origem à civilização hindu. O hinduísmo (religião politeísta fundamentada em antigos textos sagrados, os vedas) modela a civilização hindu ao lado do budismo (influente na região a partir do século VI a.C.). Os sacerdotes (brâmanes) ditam as regras sociais por meio do Código de Manu e instituem o sistema de castas com base em critérios de pureza espiritual. Abaixo dos sacerdotes estão os guerreiros (xátrias), os comerciantes e camponeses (vaixás) e, por último, os servos (sudras). Os marginalizados (párias) não pertencem a nenhuma casta e podem ser escravizados. Os hindus possuem agricultura avançada, utilizam a metalurgia e o comércio fluvial. Usam formas geométricas, animais e motivos religiosos em gravuras, cerâmicas e edificações. A civilização hindu se dissolve em diversos reinos independentes entre 185 a.C. e 320. No período seguinte, os reinos são unificados sob a hegemonia da dinastia Gupta, que é destruída em 535.

1728 a.C.-1513 a.C.

Sob o reinado de Hamurabi, um dos reis amoritas, a Mesopotâmia é mais uma vez unificada e tem início o I Império Babilônico, que se estende da Suméria até o golfo Pérsico. Hamurabi organiza um Estado centralizado, hereditário e
despótico com capital em Babel, pólo cultural e econômico. Os babilônicos impulsionam a agricultura, instituem impostos em benefício de construções públicas, restauram templos e transcrevem obras literárias mesopotâmicas para o acadiano. Eles seguem o Código de Hamurabi, o mais antigo código penal da história. A destruição de Babel pelos hititas põe fim ao império.

Olho por olho

Criado pelo rei Hamurabi (1728-1686 a.C.), o Código de Hamurabi tem suas penas baseadas no princípio "olho por olho, dente por dente", conhecido como Lei de Talião. Ao autor do delito é infringido o mesmo castigo que impôs à vítima.
Baseado em antigas leis sumérias, compõe-se de 282 artigos. Representa um avanço para a época, pois acaba com a arbitrariedade dos juízes ao classificar delitos e impor regras para a aplicação de penas.

1640 a.C.-1200 a.C.

Procedentes das montanhas do Cáucaso, os hititas estabelecem um reino na Capadócia (atual Turquia), com capital em Kussar. Desenvolvem a mineração de ferro, a agricultura, o artesanato e o comércio. Ricos comerciantes e a nobreza administram os negócios do Estado, enquanto servos e escravos se encarregam do trabalho. O rei centraliza o poder: é juiz supremo, sumo-sacerdote e chefe do Exército. Eles possuem normas que prevêem penas pecuniárias (pagas com dinheiro), privação de liberdade e escravidão. Criam uma escrita hieroglífica e outra cuneiforme. São politeístas e cultuam divindades da natureza.
Expandem-se em direção à Síria, à Babilônia e ao Egito e acabam dominados pelos gregos (aqueus).

1600 a.C.

Surgimento do I Reino Dinástico Chinês, que tem o imperador como pai de todos os súditos. Posteriormente, o reino se subdivide em cerca de 1,5 mil principados, que buscam maior autonomia por meio de guerras civis. Os chineses desenvolvem a agricultura, a metalurgia de cobre e bronze, o comércio e a fabricação de seda, tecidos e cerâmica. Inventam o papel, a bússola, a pólvora e os sistemas monetário e de pesos e medidas. Possuem uma escrita com ideogramas e literatura rica, na qual se destacam Confúcio (Kung Fu-tseo) e Lao-Tsé, cujos ensinamentos se transformam em religião no século VI a.C.. Já o budismo é difundido a partir do século I a.C.

1300 a.C.

Ascensão da civilização olmeca no golfo do México, que expande seus domínios até o litoral do Pacífico, de El Salvador e da Costa Rica. Construtores de grandes centros cerimoniais, como o de San Lorenzo e o de La Venta, os olmecas esculpem colossais cabeças de jade e pedra, normalmente representando seus líderes. Usam a escrita pictográfica e fornecem a base cultural para os povos que habitariam a região nos séculos seguintes, com destaque para os maias e os astecas.

1250 a.C.-1240 a.C.

Gregos e troianos disputam o domínio da cidade de Tróia na Guerra de Tróia, narrada pelo poeta grego Homero. Em razão de sua localização, no estreito de Dardanelos, entre os mares Egeu e de Mármara, a cidade possui um porto
estratégico para o comércio da região. Insatisfeito com os pesados impostos cobrados pelos troianos, o Exército grego destrói a cidade e passa a controlar o comércio marítimo regional.

Ilíada

Segundo o poema épico Ilíada, de Homero, o estopim da guerra é o rapto de Helena, mulher de Menelau (rei de Esparta), pelo príncipe troiano Páris. Liderado por Ulisses, o exército grego finge retirada e deixa diante das muralhas de Tróia um gigantesco cavalo de madeira que escondia soldados em seu interior. Os troianos recolhem o presente por considerar o cavalo um animal sagrado e, dessa forma, a cidade é invadida, saqueada e queimada.

250 a.C.

Os hebreus deixam o Egito - onde foram escravizados - e migram para a Palestina, guiados pelo patriarca Moisés, no episódio bíblico conhecido como Êxodo. De acordo com a crença judaica, é durante o retorno, no monte Sinai, que Moisés recebe a revelação dos Dez Mandamentos.

1010 a.C.-926 a.C.

Pressionadas pelas guerras com povos da região, as 12 tribos hebraicas unificadas elegem um rei, Saul, para se defender. Durante o reinado de Davi (1006 a.C.-966 a.C.) a monarquia se consolida: cobre toda a Palestina e Jerusalém torna-se a capital . No reinado de Salomão (966 a.C.- 926 a.C.), atinge o apogeu. Após sua morte, as tribos dividem-se nos reinos de Israel e de Judá, no chamado Cisma Hebreu. A nova estrutura enfraquece a unidade hebraica e possibilita sua conquista pelo Império Babilônico em 586 a.C..

A hierarquia nas tribos

Inicialmente, as tribos hebraicas são dirigidas de forma absoluta por chefes de família denominados
patriarcas. Para garantir a integração, são eleitos juízes que vigiam o cumprimento do culto e da lei. Em 1010 a.C., Samuel, o último
juiz, promove a unificação sob a liderança de Saul.
Os patriarcas - Abraão, Isaac, Jacó (ou Israel), José, Moisés e Josué
Os juízes - Otoniel, Barac, Gedeão, Jefté, Sansão, Heli e Samuel
Os reis - Saul, Davi e Salomão

883 a.C.-612 a.C.

A fundação da cidade de Assur, na Mesopotâmia, dá origem ao Império Assírio. O apogeu ocorre durante o reinado de Sargão II, com a conquista da cidade egípcia de Tebas. Os assírios formam o primeiro exército organizado: utilizam armas de ferro, carros de combate e impõem penas cruéis aos vencidos, como a tortura e a mutilação. Politeístas, adoram um deus
supremo denominado Assur. O império chega ao fim com a destruição de Nínive, sua capital, pelos babilônicos.

776 a.C.

Os gregos organizam a primeira Olimpíada na cidade de Olímpia, onde constroem um estádio para 40 mil pessoas e um hipódromo. Durante a competição instituem a "trégua sagrada" - interrupção das guerras entre as cidades.

753 a.C.

O marco inicial do Império Romano, o mais vasto da Antiguidade, é a fundação lendária de Roma. Historicamente, a cidade é formada pelo encontro de três povos da península Itálica: os gregos, os etruscos, de origem asiática, e os italiotas, de descendência indo-européia. A sociedade divide-se em duas classes principais - patrícios (nobreza territorial e militar) e plebeus (artesãos, comerciantes e pequenos proprietários). Até 509 a.C., o governo é exercido por reis vitalícios e pelo Senado, composto apenas de patrícios . Nas artes, os romanos desenvolvem a arquitetura com arcos e abóbadas, o mural decorativo, a pintura de afrescos e a escultura. A religião é politeísta e sua prática inclui sacrifícios rituais; seus deuses equivalem às divindades gregas.

O surgimento de Roma

De acordo com a lenda, Roma é fundada por Rômulo em 21 de abril de 753 a.C. Rômulo e seu irmão gêmeo, Remo, eram netos de Numitor, rei de Alba Longa. Numitor fora destronado por seu irmão, Amúlio, que mandara atirar os
gêmeos no rio Tibre ao nascer. O encarregado do assassinato abandona-os na floresta, onde são amamentados por uma loba e criados por uma família de pastores. Ao crescer, os gêmeos depõem Amúlio e reconduzem Numitor a seu cargo. O avô concede aos netos o direito de fundar uma cidade. Mais tarde, Rômulo mata Remo e torna-se rei de Roma.

621 a.C.

A prosperidade mercantil de Atenas coloca em conflito os eugitos, ricos comerciantes, e os eupátridas, proprietários de terra. Nesse contexto surgem os legisladores, encarregados de reformar as leis atenienses para aliviar a tensão política e manter a continuidade de poder dos eupátridas. Mais tarde serão responsáveis pelo surgimento da democracia ateniense.

Legisladores Atenienses

Entre os responsáveis pelas reformas em Atenas destacam-se:
Drácon (621 a.C.) - Elabora as primeiras leis escritas de Atenas. São severas e favoráveis aos eupátridas.
Sólon (594 a.C.) - Inicia certa abertura política: abranda as leis draconianas, abole a escravidão por dívidas e impõe um tamanho para as propriedades agrárias. Sólon permite a todos os cidadãos exercer a magistratura, mas essa função acaba restrita aos mais ricos, já que não é remunerada e exige dedicação exclusiva.
Pisístrato (561 a.C.) - Estabelece uma tirania: enfraquece o poder da aristocracia por meio do confisco de suas terras e monta uma poderosa frota naval. É sucedido por seus filhos Hiparco e Hípias.
Clístenes (508 a.C.) - Conduz Atenas à condição de uma democracia, promovendo a igualdade política dos cidadãos e a participação direta na estrutura governamental.

614 a.C.-539 a.C.

Sob a liderança do rei Nabopalasar surge o II Império Babilônico na Mesopotâmia, que alcança o apogeu no reinado de seu filho, Nabucodonosor. O progresso econômico leva ao embelezamento das cidades, com a construção de palácios e templos, como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos da Babilônia, considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. No final deste período, a Babilônia é incorporada ao Império Persa.

586 a.C.

Dominados pelos babilônios, os hebreus são deportados e escravizados no episódio conhecido como Cativeiro da Babilônia. Inicia-se, assim, o primeiro momento da diáspora judaica, a dispersão dos judeus pelo mundo.

539 a.C.-331 a.C.

Sob a liderança de Ciro II, os persas derrotam os medas, povo que habitava o planalto do Irã, e fundam o Império Persa, que chega a estender-se do Egito até a Índia. Realizam intensos intercâmbios comerciais e constroem estradas de pedra e canais para facilitar o transporte. Praticam a agricultura, a pecuária, o artesanato e a mineração de metais e pedras preciosas. Implantam uma economia monetária, um sistema de pesos e medidas e instituem impostos fixos. No topo da estrutura social está uma nobreza, militar e burocrática e, na base, servos e escravos. Criam uma literatura diversificada, particularmente a religiosa, e seguem os ensinamentos do profeta Zaratustra, fundador do zoroastrismo.

509 a.C.-27 a.C.

Reagindo à centralização do poder nas mãos dos reis etruscos, os patrícios derrubam a monarquia e implantam a República Romana. Essencialmente aristocrática, a República tem o Senado como órgão supremo de governo: os senadores são vitalícios, supervisionam as finanças públicas, dirigem a política externa e administram as províncias. As conquistas políticas dos plebeus ocorrem com a Greve do Monte Sagrado, em 494 a.C., e a sucessiva criação dos Tribunos da Plebe. A partir de VI a.C., a política expansionista provoca mudanças profundas em Roma. A economia deixa de ser agrária e torna-se mercantil, urbana e luxuosa. O Exército transforma-se numa instituição poderosa e o escravismo passa a ser o meio de produção dominante. Nos séculos III e II a.C., as reformas defendidas pelos irmãos Tibério e Caio Graco em benefício da plebe e as lutas entre patrícios e plebeus enfraquecem o Senado.

Conquistas plebéias

No decorrer da história de Roma, sucessivas leis concedem maior direito político aos plebeus:
Lei das Doze Tábuas (450-448 a.C.) - São redigidas por uma comissão de dez juízes e afixadas no Fórum Romano. Até então, as leis eram transmitidas oralmente e manipuladas pelos patrícios. Com o registro, os plebeus passam a ter meios de se defender, já que a legislação se torna pública.
Lei Canuléia (445 a.C.) - Permite o casamento entre patrícios e plebeus.
Lei Licínia Sextia (367 a.C.) - Concede aos plebeus o direito de participar do consulado e extingue a escravidão por dívidas. Em 300 a.C. os plebeus já participavam de todas as magistraturas.

492 a.C.-448 a.C.

O choque de interesses expansionistas entre gregos e persas na região do Mediterrâneo provoca as Guerras Médicas. Dario, o Grande, um dos principais governantes do Império Persa, lidera a invasão da Jônia, colonizada pelos gregos, e do norte da Grécia. A I Guerra Médica tem início com o desembarque dos persas em Atenas e é vencida pela Grécia. Na II Guerra Médica, os soldados persas, comandados por Xerxes, avançam sobre a Grécia: Atenas é incendiada, mas os persas são novamente derrotados. Após essas duas vitórias, os gregos criam uma aliança marítima de defesa, a Confederação de Delos. Na III Guerra Médica, os gregos reconquistam as ilhas do mar Egeu e a costa da Ásia Menor, ainda sob domínio persa. O Tratado de Susa, ou Paz de Kallias, reconhece definitivamente a hegemonia grega na Ásia Menor e nos mares Egeu e Negro.

443 a.C.-429 a.C.

o Governo de Péricles transforma Atenas num império naval e comercial. O dirigente também estimula o desenvolvimento literário e artístico, datando desse período a construção do Pártenon, uma das mais famosas obras arquitetônicas dos gregos. Sua influência é tão ampla que o século V a.C. é chamado de século de Péricles.

431 a.C.-404 a.C.

As rivalidades políticas, econômicas e culturais entre as duas principais cidades-estados gregas, Atenas e Esparta, provocam a Guerra do Peloponeso. O estopim é um conflito comercial e marítimo entre Atenas e Corinto, aliada espartana.
Atenas, democrática, mercantil e imperialista, disputa com Esparta, oligárquica, agrária e autonomista, a hegemonia no território grego. Ao final do confronto, Atenas é derrotada. A Grécia sai da guerra devastada e começa a decadência da civilização grega.

359 a.C.-31 a.C.

Com o vazio de poder deixado pelo declínio das cidades-estados gregas, Felipe II, rei da Macedônia, inicia a conquista da Grécia e dá origem ao Império Macedônico. Felipe é assassinado em 336 a.C. e seu filho, Alexandre, o Grande, assume o trono. Depois de estabelecer o domínio completo sobre a região, parte rumo ao Oriente e forma um dos maiores impérios territoriais conhecidos até então, compreendendo Macedônia, Grécia Balcânica, Ásia Menor, Fenícia, Palestina, Mesopotâmia, Egito, Pérsia e parte da Índia. Alexandre estimula a fusão da cultura grega (helênica) com a dos povos conquistados do Oriente Médio (principalmente egípcios e persas), originando a civilização helenística. O pólo irradiador dessa cultura é Alexandria, fundada no delta do rio Nilo (atual Egito). Após sua morte, o império divide-se em três grandes reinos: Macedônia, Ásia Menor e Egito, enfrentando diversas crises até cair sob domínio romano em 31 a.C.

264 a.C.-146 a.C.

A disputa pela hegemonia comercial no Mediterrâneo opõe Roma a Cartago nas Guerras Púnicas. O termo púnico deriva de poeni, nome que os romanos davam aos cartagineses, descendentes dos fenícios e fundadores de Cartago. As três guerras terminam com a vitória dos romanos: na I Guerra Púnica, Sicília, Sardenha e Córsega são anexadas, limitando a influência cartaginesa no norte da África. Na segunda, os cartagineses conquistam Sagunto (Espanha) e chegam às portas de Roma, sob a liderança do general Aníbal, um dos maiores estrategistas militares da Antiguidade. Mas acabam vencidos e obrigados a entregar a Espanha. Na III Guerra Púnica, fomentada pelo persistente sucesso comercial dos cartagineses, Roma vence e anexa Cartago como província.

221 a.C.

A unificação da China tem início com a dinastia Chin: os chineses expandem-se pela Ásia Central e pelo Sudeste Asiático e, no século I, ampliam seu domínio até o golfo Pérsico. Nesse período, é construída a Muralha da China, com o objetivo de defender o império dos ataques dos povos do norte (tártaros). Símbolo da autoridade do soberano, a grande muralha possui mais de 2,5 mil quilômetros de comprimento por 4 metros de largura.

60 a.C.-40 a.C.

O declínio do Senado leva à formação dos Triunviratos em Roma, para garantir maior estabilidade política. No I Triunvirato (60 a.C.-46 a.C.), Crasso, Pompeu e Júlio César dividem o poder. Em 46 a.C., Julio César põe fim a República e instala a ditadura. Seu governo realiza várias reformas: distribui terras entre soldados pobres, estimula o trabalho livre, constrói obras públicas, ajusta as finanças, funda colônias e procura unificar o mundo romano. Júlio César também altera o calendário, dando o seu nome ao sétimo mês (julho). Em 44 a.C. é assassinado a punhaladas por um grupo de senadores que defendem a República. Emílio Lépido, Marco Antônio e Otávio compõem o II Triunvirato em 43 a.C., mas disputas internas provocam a repartição dos domínios de Roma em 40 a.C : Marco Antônio fica com o Oriente, Lépido com a África e Otávio com o Ocidente.

27 a.C.-192

Otávio recebe o título de Augusto (filho divino) e torna-se o primeiro imperador de Roma . Depois da dinastia de Augusto, seguem-se as dinastias dos Flávio (69-96) e dos Antonino (96-192). Durante as três dinastias, o império vive um período prolongado de ordem e prosperidade, denominado Pax Romana. Alcança a pacificação, faz uma reestruturação política, militar e
administrativa, codifica o direito romano e investe na construção de grandes obras públicas . Também atinge sua maior extensão territorial : Macedônia, Grécia, Ásia Menor, Egito, Cirenaica (atual Líbia), península Ibérica, Gália (França), Germânia (Alemanha), Ilíria (Albânia), Trácia, Síria e Palestina.

Ano 1 d.C. - Início da Era Cristã.

54-68

A popularidade do cristianismo no Império Romano aumenta durante o governo de Nero. De cunho monoteísta, a doutrina não aceita o caráter divino do imperador ("A César o que é de César, a Deus o que é de Deus") e promete vida após a morte ("Quem vive morre, quem morre vive" - apóstolo Paulo). Para fugir das perseguições, o cristianismo passa a ser cultuado nas catacumbas.

70

Os romanos destroem o Templo de Jerusalém e expulsam os judeus da Palestina, dando início à segunda diáspora judaica.
Eles migram para diversos países da Ásia Menor e do sul da Europa, onde formam comunidades com o intuito de preservar sua religião e seus hábitos culturais.

193-395

A dinastia romana dos Severo (193-235) marca o início do declínio do Império Romano. Com o fim da expansão territorial, o número de escravos diminui, afetando a produção agrícola e o comércio e gerando fome nas cidades. O império, que vivia basicamente de tributos, é obrigado a emitir moeda, desencadeando um processo inflacionário. A deterioração do exército facilita a invasão de povos bárbaros. Diocleciano (285-305) procura conter as forças desintegradoras partilhando o poder entre quatro generais (Tetrarquia). Constantino (306-337) dá liberdade de culto aos cristãos e unifica o império com seu apoio. Constrói uma nova capital, Constantinopla, na entrada do mar Negro, onde antes se localizava a cidade grega de Bizâncio. A crise, porém, persiste, levando à cisão do império em 395.

395

O imperador Teodósio realiza a divisão do Império Romano em Império Romano do Ocidente, sediado em Roma, e Império Romano do Oriente ou Império Bizantino, com capital em Constantinopla.

395-1453

O Império Bizantino atinge o apogeu sob o comando de Justiniano (527-565). O imperador estimula a arte bizantina na produção de mosaicos e o desenvolvimento da arquitetura de igrejas, misturando elementos orientais e romanos. Como legislador, elabora o Código de Justiniano, que revisa e atualiza o direito romano. Após sua morte, o império estende-se ainda por vários séculos, abrangendo a península Balcânica, a Ásia Menor, a Síria, a Palestina, o norte da Mesopotâmia e o nordeste da África. Em 1204, Constantinopla é conquistada pelos cruzados. O restante do território é repartido entre príncipes feudais. Em 1453, o império termina com a tomada de Constantinopla pelos turcos .

400-1087

Desenvolvimento do Reino de Gana, entre o sudeste da Mauritânia e o sudoeste de Mali, na África Ocidental. O reino é organizado politicamente em torno de um tipo de matriarcado no qual o rei é sempre sucedido pelo filho de sua irmã mais velha, e não pelo próprio filho. Tem a economia centrada no controle do comércio de ouro e sal nas rotas para Líbia, Marrocos e lago Chade.
Em 1076 sofre um ataque de um exército berbere do Marrocos e, 11 anos depois, já subjugado pelo império dos solinquês, desintegra-se em diversos Estados menores.

455

O imperador Valentiniano III promulga o Édito de Supremacia Papal, que confirma o papa como suprema autoridade da Igreja .

476

O fim do Império Romano do Ocidente marca a transição da Antiguidade para a Idade Média. O império enfrenta grave crise, com a diminuição da mão-de-obra escrava, o aumento das despesas do Estado e a estagnação da produção. Cristãos e pagãos se envolvem em conflitos religiosos. Cidadãos romanos e povos emigrados de áreas conquistadas entram em choque. O desgaste da estrutura interna de poder e o avanço de povos bárbaros acabam minando a resistência do exército romano . Rômulo Augústulo, o último imperador romano do Ocidente, é deposto por Odoacro, chefe germânico (bárbaro).

PESQUISA COMPLETA
CONEXÃO AA
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